A originalidade de um jogo é uma característica poucas vezes observada, sobretudo quando as diferenças estão no uso de uma segunda tela ou controle novo. Brothers: A Tale of Two Sons começa como uma jornada clássica, mas brinca com os controles tradicionais e consegue apresentar algo diferente e cativante.
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A trama é simples e não precisa de muita explicação. Dois guris que perderam a mãe precisam encontrar uma árvore mágica para salvar seu pai. O irmão mais velho é o mais esperto, protetor, enquanto o mais novo usa o seu tamanho como vantagem para passar por grades e também fazer algumas malandragens – ideia que apela bastante para o passado de alguns jogadores. Eles falam uma língua própria, mas as ações vão compor a narrativa, infelizmente não muito longa.
Nesta fábula, um jogador controla os dois personagens ao mesmo tempo. Para isso, cada direcional do controle do Xbox 360 controla um personagem, usando apenas LT e RT para as ações. Além disso, LB e RB permite girar a câmera. Isso parece simples, mas exige uma boa coordenação motora do jogador. Esse é o maior desafio, colocado em prática em momentos que exigem trabalho em dupla.
Modos cooperativos tradicionalmente exigem outra pessoa para jogar, mas neste caso acabam por dar um novo gás até mesmo em chefes de fase. O jogador acaba por representar a união dos irmãos, reforçada em momentos simples como o mais novo nadando nas costas do mais velho por ter medo da água. O laço é reforçado não apenas nos perigos, mas também em momentos de alegria.
O desenho das fases é bem esperto. Alguns bancos são colocados ao longo do caminho para descanso dos personagens e mostram o belo visual enquanto orientam o jogador. O posicionamento da câmera pode confundir um pouco, mas é resolvido com alguns ajustes.
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Para facilitar a movimentação, é recomendável jogar mantendo os controles, sempre com o mais velho na esquerda, facilita na compreensão dos movimentos. Também não tenha receio de fazer alguns desafios parte por parte, irmão por irmão.
Brothers é uma das boas surpresas do ano. Além de ser interessante e sem muitas dificuldades para jogar, criando uma experiência fluida que não irrita por ter resolução simples, atinge sem apelar jogadores que dividiram aventuras com a família. É ainda um bom jogo para quebrar o ritmo de quem está acostumado com outras aventuras cooperativas e que depois irá valorizar ainda mais a ajuda dos outros.
Neste mês, é exclusivo da Xbox Live e marca o início das promoções de agosto. Depois será levado para o PlayStation 3 e PC, sempre com venda digital. O jogo custa 1200 pontos, cerca de R$40. O download do jogo foi cedido pela Microsoft.