Brigas e ameaças levam Justiça a pedir reforço policial em Barra do Sul, Norte de SC

O ar em Balneário Barra do Sul está pesado desde a vitória do candidato a prefeito Ademar Borges (PMDB), no último domingo. Militantes do PT e do PMDB, paritdos que disputavam o pleito, estariam fazendo provocações e trazendo para as ruas diferenças das urnas.

Há relatos de ameaças e agressões. Casas foram depredadas e um homem foi preso por causa dos conflitos. Na rua, é comum ver xingamentos e pessoas discutindo por causa de partidos políticos.

Segundo a promotora de Justiça e Eleitoral de Araquari e Barra do Sul, Greicia da Rosa Souza, foi solicitado à Polícia Militar o reforço das equipes de policiamento. Os presidentes dos dois partidos, o prefeito eleito e o atual – que concorria à reeleição, Antonio Rodrigues (PT) – foram chamados para uma reunião na segunda-feira para tentar conter os seus militantes.

O embate tem deixado as polícias Militar e Civil de sobreaviso. Na terça-feira foi necessário chamar reforços de Araquari, São Francisco do Sul e Joinville. Houve brigas e até prisão. Na quarta-feira, a situação foi mais calma, conforme informações da polícia, mas pode se aquecer de novo com a festa do partido vencedor nos próximos dias.

A polícia já está montando um esquema para garantir a segurança da população. Segundo o comandante de Araquari, Jailton Franzoni, serão necessários pelo menos mais dez policiais e quatro viaturas.

– Estou envergonhado pelo resto dos moradores. A cidade vai perder dinheiro. As pessoas vão ficar com medo de ir para lá -, diz.

O reforço das cidades vizinhas entrará em ação nesta quinta à noite e terminará apenas no domingo. O Ministério Público orientou ao PMDB que a festa da vitória seja feita longe do Centro, para evitar confrontos com os adversários políticos.

Agressões e uma pessoa presa

Diferenças partidárias teriam motivado uma briga em família. Parte apoia Antônio Rodrigues (PT) e a outra, Ademar Borges (PMDB).Um adolescente teria estourado um rojão no pátio da casa do coordenador de campanha do PT, Adilson Cunha.

Ele e o irmão Willian teriam procurado Samir e Sidneia Damaceno, pais do jovem, para relatar o ocorrido.

Na versão deles, o casal teria ido até a casa e agredido quem estava lá. Já Sidneia alega que o filho não jogou o artefato e que ela e o marido teriam sido agredidos. O resultado foi duas crianças feridas e Samir preso por agressão.