Um levantamento feito pelo jornal Lance! mostrou um número desanimador e lamentável para o futebol brasileiro. Segundo as contas, 155 pessoas já morreram no Brasil por conta de brigas entre torcidas organizadas de futebol. O estado de São Paulo é, de longe, o mais atingido.
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O levantamento do Lance! começa em 1988, na primeira morte de grande impacto e repercussão – a do palmeirense Cleo) até o assassinato de Diego Rodrigo, torcedor do Goiás morto no último final de semana antes do clássico contra o Vila Nova.
Assim, são 155 mortes nos últimos 24 anos. Número que deixa as pessoas assustadas. Segundo pesquisa da empresa Stochos Sports & Entertainment, 83% dos entrevistados tem medo de ir ao estádio.
O estado de São Paulo é o que mais acumula mortes, com 32. Há dez dias, as estatísticas paulistas aumentaram após briga entre facções de Corinthians e Palmeiras. Em segundo lugar na lista está o Rio de Janeiro, com 19. Neste final de semana, 15 pessoas foram presas após confusão entre torcidas de Botafogo e Fluminense antes do clássico. Local da última vítima fatal, Goiás é o terceiro estado com mais mortes: 16. Em quarto, aparece o Ceará, com 15, a frente de Minas Gerais, que tem 12.
O estudo também foi feito por faixa etária e comprovou que são os mais jovens que mais acabam morrendo nestas confusões. 74 mortes tinham entre 11 e 20 anos, e mais 53 estavam na faixa de 21 a 30. A maior causa de morte é por arma de fogo. Ao todo, 103 pessoas acabaram atingidas por tiros em brigas e faleceram na sequência.
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As agressões aparecem em segundo na lista, com 39 mortes. Cinco pessoas foram assassinadas a facadas, quatro foram atropeladas e mais quatro fora vítima de explosões de bombas.