O namorado de Suyany Breschak, a “Cigana Esmeralda”, diz ter visto Júlia Pimenta moendo remédio que pode ter sido usado para matar Luiz Marcelo Ormond com um brigadeirão envenenado. Ele também fala que a cigana teria ajudado no crime. As informações são do g1. 

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As informações foram divulgadas em uma entrevista exclusiva ao Fantástico que foi ao ar na noite deste domingo (9). O namorado, que preferiu não se identificar, afirma que contou à polícia tudo o que viu e também o que ouviu de Suyany.

—  Eu não sabia que ela era capaz de fazer uma coisa dessa. De auxiliar alguém a matar outra pessoa —  fala. 

Segundo as investigações, Júlia ficou com o corpo do empresário por três dias no apartamento da vítima, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Nesses dias, ela seguiu com a vida de forma normal. 

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— Ela chegou a falar que a Julia mandou uma mensagem para ela [Suyany] assim: “eu vim aqui malhar e ele está lá mortinho” — conta o namorado. 

Ele também comentou sobre o dia que as duas moeram o remédio que pode ter sido usado para matar o empresário:

— Elas pegaram esses pozinhos do remédio que estava virando pó, colocaram tipo no saquinho de sacolé. Dava um nó e guardaram.  

Veja as fotos do caso

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A polícia do Rio de Janeiro diz ter provas suficientes para afirmar que Júlia matou o namorado em um crime planejado com meses de antecedência. 

O advogado de Suyany Breschak disse que não vê nenhuma motivação para o homicídio da vítima, uma vez que Suyany no máximo tinha interesse financeiro, e que para que seu interesse fosse alcançado, o relacionamento de Júlia com Luiz Marcelo deveria prevalecer por bastante tempo.

Já a defesa de Júlia Pimenta informou que está analisando os documentos e que em breve, irá prestar esclarecimentos. De acordo com a polícia, o crime foi cometido por questões financeiras: as suspeitas queriam ficar com os bens da vítima, que era dono de imóveis no Rio.

Suyany está presa há onze dias. Júlia decidiu se entregar no dia 4 de junho e preferiu ficar em silêncio.

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Entenda o caso

O corpo do empresário foi encontrado por bombeiros, no dia 20 de maio, depois que vizinhos acionaram o socorro, incomodados com o cheiro. Luiz foi achado no sofá da sala, ao lado de cartelas de morfina. Ele estava sentado, com dois ventiladores ligados, um no teto e outro no chão, em direção à janela, que estava aberta.

Segundo o laudo da necrópsia, a causa da morte não foi determinada, mas o perito responsável identificou uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo. Câmeras de segurança do elevador do prédio registraram as últimas imagens do empresário, no dia 17 de maio, que mostram ele carregando um prato, enquanto Júlia oferece uma cerveja e os dois se beijam.

A polícia ainda acredita que exista a possibilidade do prato em que ele segura na imagem já ter o brigadeiro envenenado que causaria sua morte. Também foi encontrado um analgésico forte na cena do crime pela polícia, que apurou que Júlia, nove dias antes da última imagem de Luiz vivo, foi até uma farmácia e pediu o medicamento, que é de uso controlado.

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