Uma briga entre seis garotas, todas menores de idade, terminou em tragédia em Lages. O crime aconteceu por volta das 23h de domingo, na avenida Presidente Vargas, um dos pontos mais movimentados da cidade.

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Informações das polícias Militar e Civil e de testemunhas indicam que o episódio aconteceu no pátio de um posto de combustíveis em frente a uma boate. As garotas teriam discutido por um motivo ainda desconhecido e deram início à briga. Em princípio, cinco delas contra uma de 16 anos, que acabou morrendo.

Durante a confusão, a vítima levou uma facada no pescoço e morreu no local. Outra garota, de 15 anos, sofreu alguns ferimentos e foi encaminhada ao hospital. Ela não corre risco de morte, e é apontada como uma das suspeitas.

A Polícia Militar foi acionada e fez rondas pela região, até encontrar mais quatro meninas, de 12, 14, 15 e 16 anos. As quatro foram conduzidas à Central de Polícia Civil, mas nenhuma delas portava a faca do crime. A mais velha já seria conhecida da polícia, ela seria filha e irmã de traficantes que estão presos.

Mas sem a arma, sem a apreensão em flagrante e sem a confissão de ninguém, o delegado de plantão liberou as jovens depois de interrogá-las. A família da vítima pede que a autora do crime se apresente.

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– Se a assassina foi mulher para tirar a vida da minha filha, que seja mulher também para se entregar à polícia – disse a mãe de Emili, em entrevista à RBS TV Centro-Oeste.

Da Central de Polícia Civil, o caso foi encaminhado à Delegacia de Proteção ao Menor e à Mulher, onde ficará sob responsabilidade da delegada Roxane Fávero Pereira.

A delegada orienta os pais a tomarem muito cuidado com os seus filhos, principalmente quando forem sair sozinhos à noite. Saber aonde e com quem vão, que horas voltam para casa ou até ir buscá-los nunca é demais.

Roxane comenta que é cada vez mais comum os adolescentes esconderem armas brancas, como facas, barras de ferro ou madeiras com pregos nas pontas para usá-las em brigas na saída das festas.

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– Não é ilegal ficar até tarde na rua, mas pode ser perigoso, ainda mais quando se trata de meninas, como neste caso que terminou em morte, pois elas mal sabem cuidar de si próprias – afirmou a delegada.