Um desentendimento entre dois médicos, um de Joinville e outro de São Francisco do Sul, no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, terminou com o registro de um boletim de ocorrência na manhã desta sexta-feira. Um médico de São Francisco veio a Joinville acompanhando um paciente em estado grave, e afirma que foi desacatado pela médica que estava de plantão na unidade hospitalar joinvilense.
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Conforme o médico do Hospital Nossa Senhora da Graça, de São Francisco, onde o paciente estava internado há dois dias, o Samu havia viabilizado um leito de UTI no Regional. Porém, segundo ele, ao chegar na unidade de Joinville, a médica de plantão na emergência teria se recusado a receber o paciente e ainda teria ofendido o médico.
Indignado com o suposto descaso da profissional, o médico acionou a Polícia Militar.
Além de assinar um termo circunstanciado pela PM, ele fez questão de ir até a delegacia do bairro Aventureiro para registrar o boletim de ocorrência por negligência médica e desacato.
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– Eu chamei a polícia porque alguém precisa tomar uma providência. Ela estava descontrolada, uma pessoa dessa não pode trabalhar em lugar nenhum. Eu só vim aqui fazer o meu papel – relatou o médico de São Francisco, que preferiu não se identificar.
Após uma hora aguardando na ambulância, o paciente de 77 anos foi recebido pelo hospital. Ele foi entubado e recebe atendimento médico na emergência. O filho do paciente relatou à reportagem que o pai tem problema no pâncreas e está precisando passar por uma cirurgia.
O que diz o Hospital Regional
Conforme o gerente administrativo do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Antonio Luiz Ponciano, o Regional havia recebido a informação de que o paciente de São Francisco do Sul seria transferido para Joinville apenas para fazer uma tomografia (exame médico). Porém, quando ele chegou à unidade, a médica de plantão teria se dado conta de que a situação era mais grave e que o paciente dependia de uma máquina de oxigênio.
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Como não havia outra máquina disponível no hospital de Joinville, ela teria solicitado ao médico que aguardasse na ambulância (que possui o equipamento), até que um aparelho fosse desocupado por outro paciente. Após uma hora, a médica conseguiu viabilizar o atendimento adequado ao paciente da cidade vizinha.