Os líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), reunidos na Turquia antes da abertura da cúpula do G20, declararam neste domingo estar “profundamente decepcionados” com a falta de progresso na reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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“Os líderes expressaram seu profundo desapontamento com a falta de progressos na modernização das instituições financeiras internacionais, especialmente em relação a um acordo sobre a reforma do FMI” que deveria ser discutido durante a cúpula do G20 em Antalya, de acordo com seu comunicado conjunto divulgado pelo Kremlin.

Os líderes dos Brics “pediram insistentemente ao FMI (…) para reforçar os seus esforços conjuntos com o G20, a fim de encontrar soluções que permitirão, finalmente, aumentar a quota do Fundo e de rever a distribuição de quotas e vozes em favor dos países em desenvolvimento”, ressalta o comunicado.

“A aceitação da reforma do FMI de 2010 continua a ser a prioridade mais importante para garantir a confiança na legitimidade e eficácia do Fundo”, consideraram os líderes dos Brics, que apelaram os Estados Unidos “a ratificar a decisão sobre esta reforma o mais rapidamente possível”.

Eles também acreditam que “a economia mundial ainda está na zona de perigo e que falhou em garantir seu crescimento estável”.

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Neste contexto, ressaltaram “a importância de reforçar a coordenação e a cooperação no domínio das políticas macroeconômicas entre os membros do G20 para prevenir a ocorrência de efeitos colaterais negativos e levar a um crescimento estável e equilibrado”.

“Os desafios geopolíticos, incluindo a politização das sanções econômicas e a introdução de sanções econômicas unilaterais continuam a minar as perspectivas de crescimento econômico”, acrescenta o comunicado.

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