Com praia até no nome, a Brava nasceu perfeita para encaixar-se no estilo de quem gosta de sol, mar e natureza. Reduto dos surfistas, graças às ondas fortes, atraiu nos últimos anos milhares de moradores. Acabou ganhando uma nova cara, com mais concreto – mas ainda é lugar para quem busca uma vida tranquila.
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– A Praia Brava é o paraíso entre duas cidades movimentadas – diz Carlos Alberto Perez, o Beto, morador do bairro há 15 anos.
Instrutor de voo livre, Beto vê do alto as belezas do local que escolheu para viver. Acompanha o crescimento da Brava ao mesmo tempo que, vez ou outra, avista tartarugas nadando tranquilas pelo mar. Diz que a praia mudou muito. Sente, inclusive, alterações na famosa ondulação. Mas a resistência do canto dos pássaros a cada fim de tarde, para ele, faz toda a diferença.
Crescimento
Hoje área nobre, a Brava já foi, segundo o Atlas Socioambiental de Itajaí, nada mais do que um ponto de passagem. As tentativas de fazê-la prosperar no turismo acabavam frustradas pelo mar bravio – que se tornaria, mais tarde, seu maior atrativo.
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A partir da década de 1970, com a abertura da Avenida Osvaldo Reis, passou a ser mais frequentada. O aumento populacional, porém, começaria duas décadas mais tarde.
Menina dos olhos da construção civil, pelo potencial turístico que apresenta, têm atraído investimentos milionários. Tornou-se lugar de gente bonita na praia e ganhou noites embaladas pela música eletrônica.
Mas também é um dos locais que mais atrai quem luta pela preservação da natureza. Prova disso são as manifestações a favor do Canto do Morcego, que reúnem multidões. Dona de natureza exuberante, a praia ganha status de laboratório ao ar livre para cursos ligados, principalmente, à gestão de recursos naturais.