Pela primeira vez em sua história, Brasília receberá, no domingo, uma multidão politicamente polarizada na Esplanada dos Ministérios. O governo do Distrito Federal espera público de 200 mil pessoas para acompanhar a votação do impeachment.

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— É a primeira vez que um evento dessa magnitude acontece. No impeachment do presidente Fernando Collor, havia unanimidade a favor do afastamento dele. Agora, é diferente — disse o governador Rodrigo Rollemberg.

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As concentrações populares históricas na Esplanada sempre tiveram bandeiras únicas. Foi assim no velório de Juscelino Kubitschek (1976), na campanha das Diretas-Já (1984), na morte de Tancredo Neves (1985), no movimento dos caras pintadas (1992), na marcha de partidos de esquerda contra o governo Fernando Henrique Cardoso (1999), na primeira posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002), nos protestos de junho e julho de 2013 e nas mobilizações contra e a favor da presidente Dilma neste ano.

Polêmica

Para evitar conflitos, a polícia adotou a estratégia polêmica de instalar um muro metálico ao longo de todo o canteiro central da Esplanada, do gramado do Congresso à rodoviária.

— Sei que essa ideia recebeu críticas, mas até agora ninguém apresentou alguma melhor — declarou Rollemberg.

Uma das áreas mais críticas é a rodoviária, onde boa parte do público desembarcará. O local deve receber um contingente policial reforçado. Todo o efetivo de 14,3 mil homens da Polícia Militar e 4,5 mil da Civil estará à disposição do evento. Até o momento, não está definido se a Força Nacional irá atuar.

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Entidades empresariais e de profissionais liberais que defendem o impeachment contrataram empresas de segurança privada para proteger seus representantes. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) espera contar com os sindicatos de vigilância para que seus membros atuem na proteção das pessoas que defendem a presidente.

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