Uma Brasília “quase” amarela, ano 1974, tem chamado a atenção no estacionamento do Estádio Índio Condá e nas ruas de Chapecó. Ela não pertence a fãs dos Mamonas Assassinas, mas a uma dupla que vem dando shows com o uniforme verde e branco da Chapecoense.

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Cansados das caminhadas de quase dois quilômetros do apartamento onde moram até o estádio, os zagueiros William Amaral e Rafael Morisco cogitaram comprar um carro usado. William Amaral já tinha um Vectra na sua cidade, em Santos, e não queria comprar outro carro novo. Morisco por sua vez, queria adquirir seu primeiro veículo.

– Esse é meu primeiro carro – afirmou o atleta de 22 anos.

– Meio carro – completou o sócio, William Amaral.

Cada um pagou metade dos R$ 3 mil e quem primeiro pega a chave, vai dirigindo. Sempre ao som do grupo Revelação. Eles investiram mais R$ 2 mil em pneus novos, balanceamento e pintura, mantendo a cor original.

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– É bege, nada a ver com os Mamonas – ressaltou Amaral.

Uma das novidades, inaugurada ontem, foi o adesivo no vidro traseiro, com o símbolo da Chapecoense e as caricaturas dos dois jogadores, feitas pelo torcedor Fabiano Maggioni. William Amaral aparece como um xerife, com estrela no peito e revólveres na cintura. Rafael Morisco aparece com um cocar indígena, flechas e um canhão.

– Utilizamos figuras com as quais a torcida nos identifica – disse Morisco, que já fez cinco gols no campeonato.