A segunda etapa do World Championship Tour (WCT) 2006 – divisão de elite do circuito mundial de surfe – foi iniciada nesta quarta, só que não em Bell´s Beach, sua sede principal, mas em Winkipop, a cerca de 300 metros de distância da tradicional praia australiana, onde as direitas apresentavam melhores condições, com as séries de ondas de 1,5 metro de altura.

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O havaiano Andy Irons já tirou a primeira nota 10 do Rip Curl Pro 2006 e sete brasileiros competiram na primeira metade da fase classificatória, mas ninguém venceu e todos cairam para a repescagem. Os cinco primeiros a perder foram o potiguar Marcelo Nunes, os cariocas Pedro Henrique e Yuri Sodré, o paranaense Jihad Kohdr e o paulista Adriano de Souza.

Só faltavam três brasileiros para estrear, justamente os que não estavam com suas pranchas. As cinco do paranaense Peterson Rosa chegaram partidas ao meio e ele teve que comprar duas novas para competir. Já as do pernambucano Paulo Moura e do cabo-friense Victor Ribas foram extraviadas pela companhia aérea. Os dois primeiros chegaram a competir na quarta.

– Num nível alto e equilibrado como este, qualquer detalhe no equipamento faz diferença, mas paciência, vamos em frente. Essas empresas aéreas têm que ter mais responsabilidade com nosso equipamento, pois somos atletas – reclamou Peterson Rosa, esperando já estar mais adaptado às pranchas para o segundo dia de disputas.

A esperança da primeira vitória verde-amarela ficou para o único cabeça-de-chave do Brasil, o cabo-friense Victor Ribas, cuja bateria abre o próximo dia de disputas em Torquay, na gelada região de Victoria, Sul da Austrália. Os adversários de Vitinho pela 15ª bateria da primeira fase são o sul-africano David Weare e o australiano Matt Wikinson.

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– Vamos ver como o mar amanhece. Vou chegar bem cedo, entrar na água para sentir as condições. Já percebi que o posicionamento para pegar as ondas certas será fundamental – analisou Ribas.