O primeiro turno das eleições de 2022 foi marcado por longas filas de eleitores não só no Brasil mas também nos locais de votação fora do país. Entre brasileiros ouvidos pelo Diário Catarinense, há relatos de quem tenha esperado cerca de três horas para votar.

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É o caso de Isabella Fernandez, de 30 anos, que trocou a cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, para viver em Tralee, no interior da Irlanda.

— Fica a 350 km, quatro horas de carro, de Dublin, que é a capital da Irlanda e única a ter local de votação no país. A fila estava quilométrica, com espera de cerca de três horas pra conseguir votar. Eu esperei exatamente três horas — diz.

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A também brasileira Juliana Wolf Garcindo, de 50 anos, chegou a esperar tempo maior para votar em Estocolmo, capital da Suécia. Ela conta que o ambiente da votação esteve tranquilo, com eleitores vestindo roupas e broches alusivos aos seus candidatos e alguns até aproveitando a aglomeração de brasileiros para vender pastel e coxinha. Ainda assim, houve dificuldade para exercer o direito do voto por conta da fila.

— Mesmo as pessoas que chegaram cedo precisaram esperar duas horas pelo menos. Eu esperei três horas e meia. O pessoal da embaixada me disse que nunca havia visto filas tão grandes — afirmou a ex-moradora de Curitiba.

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Andréia Soares, que deixou Florianópolis para viver em Portugal, relatou à reportagem também ter testemunhado grande mobilização de eleitores brasileiros em Lisboa.

— Fui pela manhã, às 9h, já havia bastante fila, mas andou rápido. Amigos meus que foram depois sofreram mais — afirma Soares, que é natural de Porto Alegre, ao lembrar ainda que a capital portuguesa chegou ao pleito com 45.273 brasileiros aptos a votar.

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Natural de Florianópolis, Larissa Silveira da Rocha, de 25 anos, era uma desses outros votantes em Portugal. Ela diz ter esperado duas horas até conseguir chegar à urna.

— A situação foi bastante complicada, porque havia apenas uma única fila e, nesse sentido, ficamos mais de duas horas na fila, no sol. As mesárias foram muito atenciosas e solícitas com todos, mas o problema estava na estrutura de organização — conta.

Ainda no consulado de Lisboa, o prazo final da votação precisou ser prorrogado das 17h para as 20h no horário local, 16h no fuso de Brasília, justamente devido ao grande volume de brasileiros dispostos a participar.

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