Em entrevista coletiva neste sábado à tarde, os ‘brasileiros’ Joca Signorini e Horácio Carabelli, da equipe Telefónica, falaram das dificuldades da etapa, considerada a mais dura e desgastante da Volvo Ocean Race, e da emoção com a chegada a Itajaí nesta sexta-feira. O barco espanhol chegou na segunda colocação, logo atrás do Puma.

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O carioca Signorini é chefe de turno da Telefónica e está em sua terceira participação na Regata de Volta ao Mundo. Tanto ele quanto o uruguaio ‘com coração brasileiro’ Carabelli, diretor técnico da equipe espanhola, estiveram no barco Brasil 1, na etapa 2005-06, quando conquistaram a terceira colocação geral. Os dois também são os atuais campeões da regata, na etapa 2008-09, conquistada pelo Ericksson 4 e o comandante brasileiro Torben Grael.

– Chegar aqui é sempre um momento muito especial, não só pra mim, que sou brasileiro, mas pra todos os velejadores. Foi uma emoção muito grande chegar e encontrar todo esse público. Algo inacreditável. Quero parabenizar a organização da Itajaí Stopover e o povo de Itajai que se envolveu muito na regata. Eu não esperava toda essa recepção que, disparada, foi a maior que tivemos – disse Joca Signorini.

O velejador se disse impressionado com a preparação da cidade:

– Até ontem (sexta-feira) eu nunca havia estado em Itajaí e estou bastante impressionado com todo esse pessoal que estava aqui esperando a gente. A cidade ser preparou bem, é uma cidade próxima ao mar, um porto muito grande e uma cidade que tem tudo a ver com a regata. Espero mais ainda nas próximas semanas, com as etapas de porto e a largada – completou.

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O estrategista Horácio Carabelli foi um dos principais responsáveis pela recuperação do Telefónica, que precisou ficar parado 17 horas para conserto na embarcação e mesmo assim conseguiu recuperar uma distância de 300 milhas de desvantagem com relação ao Puma e chegar praticamente junto com o barco norte-americano.

Apesar de manter a liderança, ele afirma que nada está ganho e que há muita água pela frente:

– Estamos apenas na metade da competição, falta muito ainda. É uma competição difícil, não tem nenhuma equipe que se destaque muito, mas acho que o Telefónica é a equipe que mais se preparou, com uma tripulação muito dedicada, que trabalha sempre no limite. A liderança é importante, mas muita coisa pode acontecer, eventualidades como as do Groupama, que liderava muito próximo de chegar e quebrou.