O Brasil é um país que recebeu muitos imigrantes, especialmente na região Sul. Em Blumenau, não foi diferente. Junto com eles, vieram as tradições e até os esportes típicos. Em clubes de caça e tiro é comum ver essa tradição continuar e até se juntar a outras. Além de tiro e bolão, futebol, bocha e tênis de mesa se incorporaram às atividades das associações. O Santa convocou um alemão e um brasileiro para ver que é o melhor nessas disputas. E se servir como previsão, podemos ficar otimistas. Nas três provas disputadas por eles na segunda-feira à tarde, o Brasil ganhou todas.

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O empresário Valdinei Rezini, 46 anos, representou as cores verde e amarela. Do outro lado, o gerente regional da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, o alemão Otfried August Schnabel, 44 anos. Eles se encontraram no Clube de Caça e Tiro Velha Central, onde disputaram três modalidades: bolão, bocha e futebol. Apesar de ter vencido as três, a disputa foi apertada e só decidida nos detalhes. Assim como deve ser a partida desta terça-feira, no Mineirão.

– Assim como o Brasil, ele (Rezini) também tem a vantagem de jogar em casa – comentou Schnabel.

A disputa começou na pista de bolão. Aí não se pode negar a vantagem do brasileiro, que já conhece o espaço. Rezini é vizinho do clube e foi diretor por mais de 10 anos. Quando estava fazendo os testes, antes da disputa, parecia que o alemão ia incomodar. Foram cinco chances para cada lado e quem somou mais pinos derrubados, venceu. Dos 45 possíveis, Rezini conseguiu 44. E Schnabel apenas 28.

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– Faz muito tempo que não jogo – justificou-se o alemão.

Depois, a disputa foi para o gramado, pois o tempo não estava muito firme e a chuva ameaçava atrapalhar o desafio. Cada um teve a oportunidade de bater três pênaltis, com o adversário como goleiro. Eles converteram todas e a decisão foi para as cobranças alternadas. Na quinta chance, o alemão acertou o travessão, aí foi só Rezini acertar o canto e correr para o abraço.

– Não sei como os goleiros conseguem defender um pênalti debaixo dessa trave. É muito grande – comentou o brasileiro.

A disputa estava liquidada, então foram para a cancha de bocha. A ideia inicial era fazer uma prova de tiro, mas o espaço estava ocupado e não foi possível. Na bocha, a reportagem escolheu o lugar onde fica o bolim. Cada um pegou três bolas e quem chegasse mais perto, levava. O alemão faturava a prova até a última tentativa do brasileiro, que conseguiu empurrar a própria bola para mais perto e o placar fechou: Brasil 3 x 0 Alemanha.

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Torcedores acreditam que vaga na final será decidida nos pênaltis

Tanto o alemão Otfried August Schnabel, quanto o blumenauense Valdinei Rezini preveem um jogo difícil. E o palpite de ambos é de empate no tempo normal e na prorrogação.

– Vai terminar 7 a 6, sendo 2 a 2 no tempo normal e 5 a 4 nos pênaltis. Para a Alemanha, claro – diz o alemão.

– Acho que vai terminar 0 a 0. Será um jogo bem complicado – comenta Rezini.

Os dois torcem por um jogo limpo e, de preferência, sem a interferência da arbitragem. A escolha do mexicano Marco Rodríguez não agradou ao alemão. Especialmente por ele não ter visto a mordida de Suarez no zagueiro Chiellini na primeira fase.

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– Ganhando ou perdendo, é bom para o futebol que se decida da melhor forma possível, sem erros – aponta o germânico.

– Também acho que o principal problema dessa Copa foi a arbitragem – emenda o brasileiro.

Ao se despedirem, os dois trocaram um aperto de mão cordial. Que seja assim também no Mineirão. E que vença o melhor.

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