Na madrugada deste sábado, Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha abriram em grande estilo o Mundial dos Esportes Aquáticos para o Brasil em Barcelona, na Espanha. Poliana ganhou a prata e Ana Marcela, o bronze na prova de 5 quilômetros de maratonas aquáticas. Esta é primeira vez na história em que o país leva duas medalhas no mesmo pódio.
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– É muito difícil mesmo fazer uma dobradinha numa competição de alto nível como esta. Então está todo mundo de parabéns. Isto prova que o Brasil está muito bem, que faz um trabalho sério nas maratonas, porque, numa competição difícil assim, está todo mundo muito bem preparado – explicou Poliana.
A disputa foi emocionante desde a largada. A americana Haley Anderson (56m34s2), vencedora da disputa, abriu grande distância na primeira metade da prova. Poliana, comendo a distância aos poucos, assumiu a liderança na metade da disputa. No final, Haley conseguiu se recuperar e venceu na batida de mão. O tempo de Poliana (56m34s4) ficou a dois centésimos da americana.
– Estou muito feliz porque passei um ano muito complicado depois que não completei a prova nos Jogos Olímpicos de Londres. Fiquei preocupada também porque passei mal há dois dias, com uma intoxicação alimentar. Tanto que estávamos avaliando se era melhor desistir desta prova para poupar para as outras, mas fui melhorando e decidimos enfrentar. Sinto que estou voltando a competir bem e me recuperando como atleta – disse.
Ana Marcela, campeã dos 25 quilômetros do Mundial de Xangai 2011 tem dificuldades na prova mais curta. Ela se posicionou bem atrás do primeiro pelotão e terminou a primeira metade em 12º lugar. Com um poder de reação impressionante surpreendeu a todos e arrancou o bronze.
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Na prova de 5 quilômetros do último mundial dos cinco esportes da Federação Internacional de Natação, em 2011, na cidade chinesa de Xangai, Ana Marcela foi 7º lugar e Poliana, 11º. No Mundial anterior, em Roma/2009, Poliana conquistou o bronze, enquanto Ana Marcela também foi bronze nos 5km, mas em 2010 no extinto Mundial de Maratonas, que aconteceu na canadense Roberval.
– Era a prova mais difícil que eu tinha na competição. Imaginava que seria a minha pior colocação porque não consigo imprimir um ritmo bom desde o início. Estou muito surpresa com a medalha. Quando vi a grega (Mariana Lymperta) crescendo do meu lado, aí é que bateu uma aflição maior, mas consegui e começar com uma medalhinha já foi muito bom. Em 2011 a primeira prova foi a de 10 quilômetros, onde fiquei longe da vaga olímpica por uma posição, depois fui crescendo na competição e terminei com o ouro nos 25 (quilômetros). Se agora comecei com o bronze, espero que até a última prova venham outros resultados melhores – disse Ana.
Poliana e Ana Marcela voltam ao Port Vell na terça, dia 23/07, para a disputa no percurso olímpico de 10 quilômetros, com largada a partir das 7h de Brasília.