São quase três anos de luta, mas a nadadora Laura Azevedo não desiste de provar sua inocência no caso em que foi acusada de doping durante a disputa do Troféu Brasil de Natação, no dia 1º de maio de 2003, no Rio de Janeiro. Para conseguir isso, Laura já realizou dois exames de DNA, que comprovaram que a urina analisada pelo laboratório Ladetec não era sua. Mas a Federação Internacional de Natação (Fina) não aceita o exame por alegar que DNA não consta nas regras de antidopping e, portanto, não vale como prova. Laura não aceita a alegação.
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– Um exame de DNA está acima de tudo. Nenhuma entidade, inclusive a Fina, é soberana sobre um exame científico como o DNA. Fiz esse exame não para provar que não havia alguma substância anabólica naquela urina, e sim para provar que a urina não era minha e isso está detectado, confirmado – explicou.
A nadadora entrou na Justiça e a audiência está marcada para o dia 18 de outubro. O processo é a esperança de Laura Azevedo para voltar a competir. A nadadora, que mora nos Estados Unidos há sete anos, continua treinando normalmente já que tem a tutela conferida pelo juiz do Rio de Janeiro, Egas Muniz de Aragão, que permite que Laura nade no Brasil.
– Ainda assim, queremos essa sentença final para me liberar para nadar em qualquer lugar, onde tiver campeonatos que me interesse. Essa audiência, que está marcada para outubro, vai ser importante e tem que ser decisiva. Não agüentamos mais tentar provar a minha inocência sem ter uma resposta final da Justiça – afirmou Laura.
A dúvida em relação a essa decisão final vem mais uma vez por conta da Fina, que alega não aceitar nada do que for decidido no Brasil. Mas os advogados de Laura afirmam que a sentença vai ter que ser aceita.
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– O que eles me explicaram é que se eu fui pega no dopping, como eles dizem, no Brasil, a decisão tomada no Brasil tem que valer também. Por que não? – concluiu Laura Azevedo.