Boston vive um dia de faroeste nesta sexta-feira, com barreiras policiais, população amedrontada e com medo de sair à rua e desconfiança em relação a tudo e todos.
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Zero Hora conversou com a antropóloga Rosana Pinheiro Machado, porto-alegrense que trabalha na cidade, onde atua como pesquisadora convidada da Universidade Harvard.
Rosana contou que foi acordada às 6h da manhã com uma mensagem e um sinal de alerta em seu celular, “como se fosse uma sirene”. Ele continha um recado da polícia, pedindo que ela permanecesse em casa. Além disso, recebeu ligações e e-mails com a mesma recomendação.
A polícia avisava que o serviço de metrô e demais meios de transporte estavam suspensos em toda a região. A antropóloga reside em Cambridge, região onde os suspeitos moram.
Ela contou que a calma que estava sentindo no início da semana, mesmo após o atentado, foi cedendo lugar ao nervosismo.
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Rosana disse que o local vive um “clima de guerra”, com helicópteros sobrevoando sua casa o tempo inteiro, e ruas completamente vazias.
As autoridades estão investigando todas as casas e revirando os pertences das pessoas que moram em Watertown, onde o primeiro suspeito foi encontrado. A ofensiva deixa Rosana com mais temor dos próprios policiais do que do suspeito, pois “a qualquer momento pode ter um tiro”.
O medo generalizado que tomou conta da população parece aumentar. Ainda hoje será feita uma explosão controlada no apartamento do suspeito.
Assista a conversa na íntegra: