A brasileira Bárbara Vanzella, de 33 anos, trabalha na província de Trento, no norte da Itália. A região é uma das mais afetadas pelo coronavírus no país. Escolas, museus, teatros, cinemas estão fechados. Ela conversou sobre a rotina após a divulgação dos casos.
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— O que eu estou vendo aqui é muito mais o medo do que os fatos em si. Até porque foram sete mortes na Itália e todas elas as pessoas eram muito idosas ou em tratamento de doenças graves como câncer. Só que mesmo assim as pessoas têm muito pânico. Estão estocando comida, como se fosse a terceira guerra mundial — contou Bárbara, que é natural de Guaporé-RS e morou 13 anos em Florianópolis antes de ir à Europa em 2017.
A Itália decretou toque de recolher em 11 municípios. Mais de 150 pessoas foram diagnosticadas com coronavírus — doze morreram.
— Em todo o norte não tem mais álcool em gel e nem máscara. Fomos comprar pela internet e estava 30 euros um tubo pequeno de álcool em gel . O pior é o pânico das pessoas — finalizou.
O novo coronavírus surgiu em Wuhan, China, em dezembro do ano passado. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) o vírus se espalhou, com mais de 77.000 infecções no país de origem da doença — 2.445 morreram. Até agora, outros 1.769 casos e 17 mortes foram registradas em mais 28 países.
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