Quem ama não gosta de ver a pessoa amada sofrer, mas no caso de um Brasil x Colômbia valendo vaga nas semifinais da Copa do Mundo, fica difícil equilibrar as paixões. Colombianos e brasileiros enamorados contam como vai ser acompanhar o jogo desta sexta-feira tendo o companheiro como adversário.
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Letícia x Gustavo
O clima esquentou nas oitavas de final. A família toda estava com a camisa do Brasil, mas a administradora Letícia Hartmann percebeu que, em segredo, o empresário colombiano Gustavo Pombo torcia para o Chile. Havia uma razão, afinal, o vencedor seria o próximo adversário da Colômbia. Agora é mata-mata, e coração dividido.
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– Será a primeira vez que a alegria de ver o Brasil ganhar vai estar misturada com um pouquinho de tristeza de ver a Colômbia perder – diz Letícia.
Pombo está confiante na vitória colombiana. Em menor número na arquibancada da família, que passa férias em Canela, na Serra, o colombiano terá reforço do sogro e dos filhos, Valentina, de cinco anos, e Gustavo, de três, para torcer contra o Brasil.
As crianças nasceram nos Estados Unidos, onde o casal vive há mais de 10 anos. Era o terceiro time da família. A cada rodada, trocavam de camiseta. Pelo menos um problema será solucionado nesta sexta-feira: não vai restar dúvida sobre qual uniforme usar no resto da Copa.
– Aqui a família ganha de qualquer jeito. Nossos corações estão ainda mais unidos com este confronto – garante Pombo.
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Caroline x José
O engenheiro mecânico José Varon, 31 anos, posa para a foto com a camiseta que ganhou da namorada, a enfermeira Caroline Müller, 30. O presente foi pelo aniversário de Varon, comemorado no sábado passado, dia da classificação de Brasil e Colômbia para as quartas de final da Copa do Mundo.
Já a camiseta canarinho usada por Caroline foi emprestada pelo namorado colombiano. O clima é de parceria, mesmo em véspera de confronto direto.
– Vou pintar uma bandeira em cada lado do rosto – conta Caroline, que trocou o turno no hospital para acompanhar a partida na fan fest.
Varon convidou outros amigos colombianos e também uns argentinos, que, adivinhe, irão torcer contra o Brasil.
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– Não achei que nosso time iria jogar tão bem, isso que estamos sem Falcão García – comenta Varon, lembrando o corte do atacante do Mônaco, que ficou fora do Mundial por causa de uma lesão.
Juntos há cinco meses, os dois levam o jogo entre os dois países na esportiva. Quem perder, vai ficar triste por um instante, mas depois apoiará o outro na torcida.
Antonio x Monica
No amor e no futebol, o coração do médico Antonio Luiz Frasson é duplamente colombiano. Ele quer a vitória da Colômbia para a felicidade da mulher, Monica Rodríguez Martínez.
– Apesar de ser brasileiro, prefiro ver a Monica feliz. Eu já vi o Brasil ganhar tantas vezes, seria uma experiência nova para ela – declara.
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Monica diz que torcia para o Brasil desde antes de conhecer Frasson, mas nesta Copa está especialmente feliz com o desempenho colombiano, inclusive nas dancinhas depois de cada gol.
– Somos um povo feliz, sentimos orgulho de ser colombianos, nossos jogadores representam isso. E mais, eles estão mostrando que podemos ir atrás dos nossos sonhos – comenta Monica, que também é médica.
O sonho maior, claro, é vencer o Brasil e chegar à final. Para Monica, o trunfo colombiano é a união dos jogadores. Os brasileiros, na visão dela, são mais “individualistas”.
Na foto acima, o casal está em frente ao Beira-Rio, onde foram ver Alemanha x Argélia, acompanhados de Nicolás, um dos filhos de Monica.
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