No Chile, fomos campeões do mundo em 1962. Lá mesmo já ganhamos a Taça O?Higgins. Foi um goleiro do Chile, em pleno Maracanã, o autor do “mico do século”, quando insinuou ter recebido um rojão no rosto, vindo da fogueteira Rosemary, que estava na geral. Enfim, o Chile, nosso adversário deste domingo pelas Eliminatórias da Copa, tem uma aproximação muito forte com o Brasil no futebol. Nossa superioridade sempre foi flagrante, tanto que eles já faltaram algumas copas e jamais chegaram ao título mundial. Mas, e hoje? Ainda somos melhores? Há controvérsia. A Seleção Brasileira da atualidade já não assusta mais ninguém. Falta-nos o craque, aquele que faz a diferença em campo. Por isso mesmo passamos a ser enfrentados por qualquer seleção em igualdade de condições. A resposta O jogador Rivaldo se encarregou de responder ao Planalto e sua preocupação com uma crítica mordaz: “O Brasil há muito vive problema sério em sua economia e não será a Seleção o bode expiatório para desviar a atenção do povo brasileiro da situação do país.” Quando o futebol começa a se misturar com política, boa coisa não sai. Vai passar Diria o grande Chico Buarque, numa de suas brilhantes composições: “Vai passar o último bloco na avenida; quem entrar, vai desfilar”. O Brasil está nesta situação. Qualquer tropeço diante do Chile e ficaremos na dependência de uma humilhante repescagem – aliás, o que já aconteceu com a Argentina em 1993. A preocupação chegou ao Palácio do Planalto, que entende ser a ausência do Brasil na próxima Copa problema sério para a economia do país. No Chile Oduvaldo Cozzi, um dos maiores narradores esportivos que o país já teve, descrevia Viña Del Mar, onde o Brasil se concentrou na Copa de 62: “Acolhedora cidade, cheia de flores e alegria, situada nas fraldas da Cordilheira dos Andes”. Mario Vianna deu um salto, olhou para a cordilheira, para Cozzi, tornou a olhar, já agora com seu possante binóculo, e acabou murmurando: “Eu cada vez entendo menos o português dessa gente…” O terreno O presidente da FCF, Delfim Peixoto Filho, não está nem um pouco preocupado com a investigação que está em curso no Estado sobre a doação de terreno da prefeitura de Balneário Camboriú à Federação, para a construção de sua sede. Delfim diz que tem toda documentação aprovada pela Câmara Municipal e não entende de onde vêm essas denúncias, mas desconfia… Monstro sagrado O rádio formou profissionais da maior competência. Por isso mesmo, a coluna aproveita, geralmente aos domingos, para relembrar alguns deles. Por exemplo, onde anda o grande jornalista Aderbal Machado? O rádio e a televisão sentem sua falta… Finalmente De malas prontas para uma viagem à Italia, Moacir Fernandes, presidente do Criciúma, leva na bagagem toda uma negociação possível em torno do jogador Mahicon Librelato. O profissional há muito reivindica nacionalidade dupla. A notícia, a coluna já divulgou, a torcida do Tigre não gostou. Falta muito ainda para o negócio ser concretizado. Macumbeiro? O Metropol ia jogar em Lages. O goleiro Rubens sugeriu a Dite Freitas que levasse um benzedor. Dite ficou bravo, na sua condição de católico e pagador do dízimo: “Quem viaja com a gente para atrair forças divinas é o Padre Humberto”. Rubão tentou argumentar mas não teve jeito. “E tem mais: após o jogo, o seu passe vai ser vendido para quem aparecer.” A heresia custou ao goleiro o direito de disputar a decisão do campeonato. Vanderlei entrou em seu lugar.

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