O Brasil fez o dever de casa e está mais perto do Mundial de 2002. Atuando no Couto Pereira diante de 50 mil torcedores, o time de Luiz Felipe (foto) venceu o Chile por 2 a 0, alcançou os 27 pontos e se manteve em quarto lugar na tabela de classificação das Eliminatórias. Os brasileiros ainda foram beneficiados pelo empate do Uruguai com a Colômbia em 1 a 1 – os uruguaios, inimigos diretos, seguem na quinta posição, com 25 pontos. Agora, a Seleção pode garantir vaga à Copa com uma rodada de antecipação, caso vença a Bolívia dia 7 de novembro, fora de casa, e o Uruguai seja derrotado pelo Equador na sua próxima partida, no mesmo dia. O primeiro tempo da partida deixou a torcida tensa e impaciente nas arquibancadas. Os jogadores brasileiros seguiram a orientação de Luiz Felipe e partiram para cima na base da troca de passes e da velocidade. Mas, na hora do arremate, a bola não chegava redonda, enquanto os chilenos apresentavam um time bem aplicado, apesar dos desfalques e do fato de já estarem desclassificados. Logo aos sete minutos, Salas lançou Ormazabál na direita. O jogador cruzou, e Valenzuela, no detalhe, não abriu o placar. E os brasileiros criaram sua melhor oportunidade num lance de bola parada: Rivaldo cobrou falta na altura da meia-lua, forçando o goleiro Toro a fazer grande defesa. Mas o gol não vinha. Na volta do vestiário, Felipão ouviu os apelos da massa e sacou Marcelinho, ineficiente na função mais avançada do ataque, e colocou Denílson. A mudança, combinada com a insistência, deu resultado. Aos sete minutos, Marcos cobrou tiro de meta, a bola raspou na cabeça de Rivaldo e sobrou para Edílson, o melhor em campo. Consciente, o atacante bateu na saída do goleiro e aliviou o peso dos ombros de seus colegas: Brasil 1 x 0 Chile. O domínio do jogo, que já era brasileiro, passou a ser total a partir daí. Aos 18, Cafu levantou para Rivaldo, que estufou a rede de canhota e decretou a vitória em Curitiba.
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