O Brasil foi buscar uma brecha no regulamento da Federação Eqüestre Internacional (FEI) para tentar colocar a equipe de hipismo na disputa dos Jogos Olímpicos de Atenas/2004. A equipe brasileira ficou fora da Olimpíada após terminar em quarto lugar na soma de todos os resultados dos quatro cavaleiros nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, apesar de ter ficado com a medalha de bronze – para efeito de premiação, há o descarte da pior nota da equipe.
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Mas, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Camillo Ashcar, o Brasil tem chances de ficar com uma vaga. O regulamento da FEI diz que os melhores resultados de cada atleta devem ser considerados. A gaúcha Karina Johannpeter perdeu 35 pontos ao derrubar cinco obstáculos e extrapolar o tempo limite no primeiro percurso da última quinta-feira. À tarde, a amazona de 19 anos zerou o percurso. O problema é que sua pontuação deixou o Brasil atrás da Argentina na soma de todos os resultados.
– Observando a forma como está escrito o regulamento, estamos entendendo que a vaga é do Brasil porque se descontariam os 35 pontos da Karina. Demos entrada de pedido de esclarecimento e vamos falar junto à FEI – disse Ashcar.
O diretor de saltos da FEI, John Roche, porém, foi enfático quando questionado sobre o problema levantado pelos brasileiros:
– A equipe classificada aqui é a Argentina.
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Roche disse que no boletim 2 divulgado pela entidade está claro o regulamento, explicando que todos os pontos devem ser considerados. O cavaleiro brasileiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, criticou o regulamento:
– Foi muito injusto, o terceiro colocado deveria ficar com a vaga. O regulamento não está claro, está mal escrito, então criou-se uma brecha.
As informações são da Agência Reuters.