A atividade econômica do Brasil deve repetir 2011, quando cresceu 2,7%, e será o segundo pior desempenho da América do Sul, ganhando apenas do Paraguai, que terá retração de 1,5% em sua economia este ano, de acordo com relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado nesta quinta-feira. O organismo das Nações Unidas manteve a projeção de expansão de 3,7% para a América Latina e o Caribe. Abaixo, portanto, dos 4,3% alcançados em 2011.
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As maiores taxas de crescimento, de acordo com previsão da Cepal, serão registradas pelo Panamá (8%) e Haiti (6%), seguido de Peru (5,7%), Bolívia (5,2%), Costa Rica (5%), Venezuela (5%) e pelo Chile (4,9%) e México (4%). A segunda maior economia da América do Sul, a Argentina, terá evolução menor, de 3,5%, segundo a Cepal, mas ainda à frente do Brasil, maior economia latino-americana.
Nesse quesito, a agência das Nações Unidas contradiz o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), que em ranking divulgado na segunda-feira derrubou a projeção de crescimento da vizinha Argentina de 3,5% para 2,2%, enquanto previa 2,9% para o Brasil e 3,5% para a América Latina.
De acordo com a estimativa da Cepal, o impacto da atual crise financeira na Europa, o menor ritmo de crescimento da China e a ainda baixa expansão da economia norte-americana refletem diferentemente nos países da região, de acordo com a importância relativa dos mercados de destino de suas exportações. A Cepal destaca que no primeiro trimestre deste ano o crescimento esteve associado ao aumento da demanda interna em cada economia, e o setor de serviços, particularmente o comércio, manteve-se como um dos segmentos mais dinâmicos.
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