Natãlia Cancian e Talita Fernandes

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira (16) que o Brasil deve enfrentar o pico do novo coronavírus entre 60 e 90 dias. A estimativa é que os números de casos sejam elevados entre os meses de abril e junho e passem a atingir a estabilidade a partir de julho.

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– Nós estamos imaginando que nós vamos trabalhar com números ascendentes, espirais em abril, maio, junho. Nós vamos passar ai 60 a 90 dias de muito estresse para que quando chegarmos ao fim de junho, julho, a gente imagina que entra no platô. Agosto, setembro a gente deve estar voltando desde que a gente construa a chamada imunidade de mais de 50% das pessoas – disse Mandetta em entrevista coletiva.

O ministro afirmou ainda que as medidas restritivas no país poderão ser elevadas neste período, mas não deu detalhes de quais. Ele informou ainda que o Ministério da Saúde está acompanhando a dispersão do vírus e o impacto no território nacional junto de outros ministérios. E lembrou ainda que o governo federal criou um gabinete de crise para tratar do caso.

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– Como fazer isso, dentro de todas as questões que envolvem questões de bloqueios, quarentenas, limitação de ir e vir. Isso é uma discussão que a gente tem no Ministério da Saúde e por sugestão junto com os demais ministros, um conselho de crise porque são medidas que quando adotadas afetam a agricultura, segurança, logística nacional, uma série de outros ministérios que têm que fazer parte dessas ações

Mandetta disse que o governo brasileiro ainda avalia qual será o impacto da dispersão do novo coronavírus no Brasil. E que ainda não é possível saber se a situação local vai ser semelhante a de outros países já afetados como China, EUA e os países europeus.

– Torcemos ainda para que o comportamento desse vírus possa ser mais brando, porém não temos bola de cristal – disse, lembrando que a crise do zika vírus teve comportamento distinto no Brasil e em outras regiões do mundo.