Perder o medo de utilizar o carvão mineral como fonte de energia. Este, segundo o economista e professor da Universidade Federal Fluminense, Claudio Considera, é o principal desafio para o Brasil conseguir expandir a economia nos próximos anos. A importância do carvão mineral no desenvolvimento econômico da região Sul do Brasil foi o tema do encontro das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paraná (Fiep) e Santa Catarina (Fiesc), nesta terça-feira, em Porto Alegre, onde Considera palestrou sobre o impacto econômico da geração térmica a carvão.

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De acordo com o professor, apenas 1,3% da energia produzida no país é oriunda do carvão mineral, enquanto a China utiliza cerca de 80%.

– Ainda existe uma resistência e mitologia de utilizar o carvão como fonte de energia. Nas hidrelétricas, a energia elétrica pode ser limpa, mas, para serem construídas, causam danos ao meio ambiente – afirma.

Considera acredita que, no atual contexto, os benefícios econômicos trazidos pelo carvão mineral superam eventuais danos ambientais. O professor lembra que a extração de petróleo, por exemplo, pode gerar um vazamento ou algo que cause danos piores do que a poluição causada pela fumaça.

– Caso ocorra um acidente no pré-sal, não temos a tecnologia necessária para estancar um vazamento – explica.

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O professor lembra o caso de Volta Redonda, município fluminense, que conseguiu reduzir os índices de poluição através de estudos e criação de filtros.

– Com o desenvolvimento do setor, novas tecnologias podem ser desenvolvidas, diminuindo, consequentemente, a emissão de gases poluente – diz.

Segundo o professor, o Rio Grande do Sul e outros estados produtores terão grandes benefícios com a produção de carvão mineral como fonte de energia.