A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o Brasil precisa atingir um nível de juro similar ao de outros países para competir no mercado internacional.
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– Acredito que o Brasil tem de buscar patamares de juros similares aos praticados internacionalmente. Tecnicamente fica muito difícil o Brasil, diante do que ocorre no mundo, justificar spreads tão elevados – destacou.
Para a presidente, juros e spreads mais baixos estão em processo de amadurecimento no país:
– Vamos caminhar progressivamente para ter juros mais condizentes com a nossa realidade porque não somos um país qualquer.
Dilma falou com jornalistas no encerramento das cerimônias de formatura da turma de 2010-2012 do Instituto Rio Branco e de Condecoração da Ordem de Rio Branco, no Palácio Itamaraty. Questionada sobre qual seria o spread ideal a presidente respondeu:
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– Se alguém te der essa resposta, você me apresenta, que eu vou indicá-lo para o prêmio Nobel.
Sobre a possibilidade de mudanças nas regras da caderneta de poupança, Dilma evitou falar sobre o assunto.
– Essas discussões não devem ser feitas comigo. É da área do ministro da Fazenda, em consulta ao Banco Central. Essa não é uma área na qual me posiciono – argumentou.
Dilma salientou que o Brasil respeita os princípios macroeconômicos de controle de inflação e apresenta robustez fiscal:
– Temos uma situação muito especial em relação às economias emergentes – reforçou.
A presidente disse ainda que acompanha a situação econômica do país “todos os santos dias”.
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– Para ver se a inflação aumenta, se os preços estão sob controle, a situação das commodities, olhar a taxa de câmbio do nosso país e dos demais. Esse acompanhamento eu vou fazer sistematicamente. Vou olhar também os juros, aliás, tenho olhado – disse.