O número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 3.313 nesta quinta-feira (23) segundo o balanço oficial do Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, houve 407 novos óbitos, o maior aumento em um dia desde o início da pandemia no Brasil.

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O número de casos confirmados passou de 45.757 para 49.492 – um crescimento de 3.735 casos nas últimas 24 horas.

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O aumento do número de óbitos por Covid-19 pode incluir também pacientes que morreram nos últimos dias, mas que somente agora tiveram o resultado do exame confirmando o diagnóstico positivo para o novo coronavírus.

Além disso, o próprio Ministério da Saúde adverte que pela baixa disponibilidade de testes e consequente conduta de priorizar os exames para pacientes hospitalizados e que apresentam quadro mais grave da doença, existe uma subnotificação de casos no país.

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, falou em entrevista coletiva que nos próximos dias será possível entender se o alto número de mortes nas últimas 24 horas pode ser uma nova tendência de crescimento por óbitos da Covid-19 ou resultado de exames que estavam represados.

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Na quarta-feira (22), o Estado de São Paulo anunciou que conseguiu zerar a fila de espera que existia no laboratório de testagem, onde 17 mil testes chegaram a ficar no aguardo de realização.

Teich também falou sobre uma reunião que teve com membros do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo ele, o órgão apresentou um posicionamento sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento dos sintomas do novo coronavírus. O CFM decidiu que cabe ao médico que trata o paciente decidir se o tratamento pode ou não ser adequado para cada caso específico.

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Esse posicionamento já vinha sendo informado também pelo Ministério da Saúde na gestão do agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), que, contrariando vontade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não recomendava o uso da medicação, deixando a critério dos médicos a decisão sobre o uso em casos específicos.

– Não é recomendação nossa, é autorização. Recomendação depende de estudo científico sólido – indicou.

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Teich também disse que um novo estudo que vai fazer testes em um grupos aleatórios da população pode permitir entender o alcance da doença no Brasil.