Com mais de 10 mil mortes por coronavírus, o Brasil já é citado como o novo epicentro da pandemia no mundo. Em 24h 730 novas mortes foram contabilizadas no país, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados neste sábado (9). Significa que a Covid-19 já matou 10.627 pessoas desde que o primeiro caso foi confirmado no país.

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O número de pacientes positivadas para a doença também subiu para 155,939. Foi um salto: são 10.611 pessoas a mais do que no dia anterior. O país é o sexto em número de mortes no mundo todo, de acordo com a plataforma da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que faz o acompanhamento da pandemia.

Os novos óbitos anunciados, porém, não necessariamente ocorreram nas últimas 24 horas – há um intervalo de tempo entre o registro do óbitos e a confirmação da infecção por coronavírus. O número de mortes divulgado na sexta (8) foi o último recode diário do país – 751 óbitos registrados em 24 horas.

Até o dia 7 de maio, pelo menos 4 estados registravam ocupação dos leitos de UTI maior do que 90%: Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Roraima. São Luís e Belém também registram uso da capacidade das UTIs superior a 90%.

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E os elevados números da pandemia no Brasil levaram o Congresso Nacional a decretar luto de três dias, a contar deste sábado. Pelo ato assinado por presidentes do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), "ficam proibidas quaisquer celebrações, comemorações ou festividades, no âmbito do Congresso Nacional, enquanto durar o luto".

Em São Paulo, estado com os piores números da doença, o governador João Doria prorrogou a quarentena obrigatória até o dia 31 de maio. Prefeitos do interior do estado se opuseram à decisão. O prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSDB), foi à Justiça para tentar reabrir o comércio nas últimas semanas e classificou a decisão como decepcionante.

Em Santa Catarina, onde o comércio é reaberto progressivamente em algumas cidades desde o começo de abril, o número de infectados cresceu 173% no primeiro mês de flexibilização. Neste sábado a atualização estadual divulgou 64 mortes em território catarinense e 3,3 mil casos. Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.