Depois de uma campanha decepcionante no individual, com apenas duas medalhas de bronze, a seleção brasileira de judô encerrou sua participação no Mundial de Astana de forma amarga, sem subir ao pódio nas competições por equipes deste domingo, dominadas pelo Japão.

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A equipe masculina foi derrotada pelos anfitriões do Cazaquistão na repescagem, enquanto as mulheres caíram logo na primeira rodada, diante das favoritas japonesas, que acabaram conquistando o título.

Líder disparado do quadro de medalhas no individual, o Japão faturou os dois ouros por equipe.

No masculino, superou a Coreia do Sul por 3 a 2 numa final emocionante. A Mongólia e a Geórgia ficaram com o bronze.

No feminino, as japoneses atropelaram a Polônia por 5 a 0 na decisão, deixando Alemanha e Rússia com o bronze.

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Com Charles Chibana, Marcelo Contini, Victor Penalber, Tiago Camilo e David Moura, a equipe masculina do Brasil estreou com vitória por 3 a 2 sobre o Uzbequistão.

O confronto foi emocionante, e decidido na última luta pelo peso pesado David Moura, que derrotou o veterano Abdullo Tangriev, um dos poucos a já ter batido o francês Teddy Riner, lenda viva do esporte, que se sagrou heptacampeão mundial no sábado.

David deu a volta por cima depois de levar um wazari e conseguiu a virada com um estrangulamento que obrigou o rival a bater para abandonar o combate.

Nas quartas de final, porém, o brasileiro provou do próprio veneno, ao perder, também por estrangulamento, para o alemão Dimitri Peters, enquanto vencia por um yuko.

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O Brasil, que foi prejudicado pela lesão de Tiago Camilo contra os uzbeques, também foi derrotado por 4 a1 pelos cazaques na repescagem.

No feminino, Érika Miranda, Rafaela Silva, Maria Portela e Rochele Nunes não foram páreo para as japonesas, e perderam todas as suas lutas.

O desempenho neste mundial foi o pior em seis anos, desde a edição de Roterdã-2009, quando o Brasil ficou sem medalha.

Desta vez, apenas Érika Miranda (até 52 kg) Victor Penalber (até 81 kg) conseguiram subir ao pódio, ambos com o bronze, um balanço preocupante a um ano dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

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* AFP