Autoridades sanitárias brasileiras investigam o primeiro caso suspeito de ebola no país. O caso foi comunicado na noite de quinta-feira pela secretaria Estadual do Paraná ao Ministério da Saúde. Informações indicam que o paciente veio de Conacre, capital da Guiné, um dos três países que concentram o surto da doença na África.

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O homem de 47 anos chegou ao Brasil no dia 19 de setembro depois de fazer uma escala no Marrocos. Nesta sexta-feira, ele foi levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que funciona dentro do Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos (RJ).

A notícia ocorreu no mesmo dia em que o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmar que, embora baixo, existia o risco de o Brasil registrar um caso da doença. Pela manhã ele disse que o sistema de vigilância montado era adequado e que instituições de saúde estavam em treinamento constante para identificar casos suspeitos e adotar as medidas de segurança necessárias.

Ebola no mundo

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O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8.011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3.857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Nigéria, Senegal, Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e oito mortes. Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos.

Em agosto o Centro de Operações de Emergência em Saúde do governo federal acionou o nível dois de emergência, o penúltimo na escala de gravidade, que permite o deslocamento de equipes federais para regiões com suspeita da doença no país sem a necessidade de autorização dos governos locais.

Desde que a Organização Mundial de Saúde decretou emergência, o Brasil adotou um conjunto de medidas para prevenir a transmissão e permitir a rápida identificação de um caso suspeito da doença, com isolamento e tratamento.

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* Jornal de Santa Catarina com informações da Agência Brasil