O Brasil registrou nesta sexta-feira (5) 1005 novas mortes por coronavírus, segundo o relatório do Ministério da Saúde. O balanço foi divulgado às 22h, com base no novo cronograma do governo federal – antes os balanços eram publicados por volta das 19h.
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Nas últimas 24 horas o país registrou 30,8 mil casos novos de covid-19, e 11,9 mil pacientes foram considerados recuperados da doença. O total de óbitos desde o início da pandemia é de 35.026, e 645 mil pessoas já foram contaminadas no país.
Antes da divulgação dos dados desta sexta-feira, o portal oficial do Ministério da Saúde com os dados do coronavirus saiu do ar. A página apresenta um aviso de “manutenção”.
Bolsonaro defendeu divulgação mais tarde
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu nesta sexta-feira (5) o atraso da divulgação dos boletins do Ministério da Saúde sobre o avanço do coronavírus no Brasil e disse que, com a mudança de horário das 19h para as 22h, “acabou matéria no Jornal Nacional”. Ele também se referiu à Rede Globo, que veicula o Jornal Nacional, como “TV funerária”.
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As declarações ocorreram na porta do Palácio da Alvorada e foram transmitidas pela CNN Brasil.
Na época do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, demitido em 16 de abril, o Ministério da Saúde costumava publicar os boletins da Covid-19, com informações como número de infectados, óbitos e casos em acompanhamento, às 17h. Na gestão de Nelson Teich, a divulgação passou a ser às 19h.
Na quarta-feira (3) e na quinta-feira (4), o Ministério da Saúde só divulgou o boletim às 22h, alegando problemas técnicos. Nesses dois dias, o Brasil bateu recordes no número de óbitos computados em um dia: 1.349 na quarta e 1.473 na quinta.
O Jornal Nacional, que começa às 20h30, informou que passaria, então, a usar o balanço das secretarias estaduais de Saúde.
Questionado sobre o tema na noite desta sexta, Bolsonaro não confirmou ter dado a ordem para que a divulgação dos números ocorresse depois da exibição do Jornal Nacional e disse que, com o novo horário, os dados saem “mais consolidados”.
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“É para pegar o dado mais consolidado. E tem que divulgar os mortos no dia. Por exemplo, parece que dois terços dos mortos eram de dias anteriores, o mais variado possível. Tem que divulgar os do dia. O resto consolida pra trás”, defendeu o mandatário.
(Com informações da Folhapress)