Após a histórica 9ª colocação do país na Paralimpíada de Pequim, há quatro anos, o Brasil mira a 7ª posição no evento de 2012.
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O crescimento brasileiro nas 20 modalidades que compõem a Paralimpíada é evidente a cada edição. Em Sydney, o país ficou na modesta 24ª colocação no quadro de medalhas. Apenas oito anos depois, já figurava entre os 10 primeiros. O plano é chegar a 2016, no Rio, com lugar entre as cinco maiores potências da Paralimpíada.
A sede londrina remonta às origens dos Jogos. Londres é o local onde nasceu o esporte para pessoas com deficiência física. Em 1948, o médico Ludwig Guttman, do Hospital Stoke Mandeville, resolveu organizar partidas de basquete adaptadas a pessoas em cadeiras de rodas. A Europa ainda sofria os efeitos da II Guerra Mundial, e os jogos foram disputados, principalmente, por veteranos do confronto. A primeira edição dos Jogos Paralímpicos ocorreu 12 anos depois, em Roma, 1960.
A estrela das piscinas
Nas piscinas, o destaque fica para Daniel Dias, que fez história ao conquistar nove medalhas em 2008, com quatro ouros, quatro pratas e um bronze. A expectativa para 2012 é chegar perto do desempenho de Pequim. Daniel disputará oito provas com chances reais de estar no pódio.
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– Acho que dá para garantir pelo menos seis medalhas nas provas individuais – projeta o nadador.
O mago da velocidade
Já nas pistas, a estrela brasileira é Lucas Prado, figura dominante das provas de velocidade. Em Pequim, ele venceu os 100, 200 e 400 metros rasos para deficientes visuais. Sua preparação para Londres não poderia ter sido melhor, com a conquista do Mundial Paralímpico de 2011 nas mesmas três modalidades.
Daniel Silva é seu fiel escudeiro nas provas, com o vice-campeonato nos 200 e 400m da competição no ano passado, enquanto Terezinha Guilhermina é a esperança nas mesmas distâncias no feminino, após o título Paralímpico dos 200m, em Pequim.
Em busca de recuperação
Além de Daniel Dias, outra atração da natação brasileira nos Jogos é Clodoaldo Silva, grande destaque das piscinas em 2004 que quer recuperar-se da participação discreta há quatro anos, quando mudou de categoria e não conseguiu brilhar como em Atenas. O nadador sente-se injustiçado até hoje pela mudança, mas treinou forte durante todo o ciclo para se superar e buscar um lugar no pódio.
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De volta às pistas
Protagonista de algumas das imagens marcantes da Olimpíada, o sul-africano Oscar Pistorius voltará ao Estádio Olímpico de Londres, dessa vez com o carimbo de favorito nas provas que disputar. Pistorius entrou para a história ao ser o primeiro atleta amputado a conseguir índice e participar dos Jogos Olímpicos. Na Paralimpíada, ele buscará o bicampeonato nos 100, 200 e 400 metros.
DESTAQUE ZH
Desde novembro do ano passado, o que antes era chamado de Paraolimpíada no Brasil, passou a ser denominado Paralimpíada, sem o “o”. A mudança de nomenclatura foi em resposta a um pedido do Comitê Paralímpico Internacional, que argumentava pela unificação dos termos em todos os países de língua portuguesa, já que o Brasil era o único que não adotava o nome Paralimpíada. Todas as derivações, como Jogos Paralímpicos e o Comitê Paralímpico Brasileiro, também foram adaptadas.