A primeira competição realizada na Arena Carioca 1, casa do basquete, do basquete em cadeira de rodas e do rúgbi em cadeira de rodas nos Jogos Rio 2016, terminou com título da Austrália. A seleção da Oceania sagrou-se campeã do Torneio Internacional de Basquete Feminino, evento-teste da modalidade, ao derrotar o Brasil por 77 a 67 na final, no domingo, no Parque Olímpico da Barra.

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Mesmo com a derrota na decisão, a seleção brasileira não lamentou o resultado. A equipe fez um jogo bastante intenso e disputado com as australianas, campeãs mundiais em 2006 e medalha de bronze nos Jogos de Londres 2012.

Além disso, o time comandado por Antonio Carlos Barbosa teve diversos desfalques no torneio, já que sete jogadoras pediram dispensa por problemas entre a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e a Liga de Basquete Feminina (LBF) e boicotaram a equipe. As pivôs Nádia e Damiris ficaram de fora por lesão.

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– Foi uma experiência extremamente positiva. Foi uma dificuldade grande formar a equipe. Jogamos de igual para igual com a Austrália, que tem uma seleção quase que permanente. Infelizmente chegamos no fim do jogo extenuados fisicamente, por que elas tê uma intensidade muito grande e a mantêm com a troca constante. Para isso, é preciso ter 12 jogadoras no mesmo nível, o que não era o nosso caso – comentou Barbosa.

Para o treinador, no entanto, a competição serviu para mostrar que o país tem condições de brigar pelo pódio no Rio 2016.

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– Ficou provado que estamos no caminho certo e, quando digo que podemos disputar uma medalha, não estou exagerando. Estou sendo realista dentro de uma condição que podemos trabalhar – opinou o treinador.

Dentro de quadra, as atletas ressaltaram a intensidade do jogo, muito disputado e físico do início ao fim. Segundo a ala Iziane, a seleção precisa de amistosos como esse contra a Austrália para crescer de produção.

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– Foi um grande aprendizado. A gente é carente desses amistosos. É importante jogar com seleções que vão nos dar dificuldade, como foi contra a Austrália. Com todas as dificuldades que a gente teve, fizemos uma ótima partida – avaliou a atleta.

A pivô Érika, que atuou em casa, com direito a torcida na arquibancada, disse que o evento-teste já serviu para colocar as jogadoras no clima dos Jogos Olímpicos.

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– Já deu para sentir um pouco da emoção de disputar a Olimpíada em casa. A torcida estava junto com a gente e vimos como ela é importante. Temos muito a melhorar, mas o caminho é esse – declarou.

A própria Érika foi a cestinha da partida, com 20 pontos. A camisa 14 ainda pegou oito rebotes no confronto. Outros destaques do Brasil foram a pivô Clarissa, com 18 pontos e 10 rebotes; a ala Isabela Ramona, com 13 pontos, e a ala Iziane, com 11 pontos e nove assistências.

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Na disputa do terceiro lugar, a Argentina ficou com a medalha de bronze. Elas levaram a melhor na partida contra a Venezuela e venceram por 83 a 38, assegurando um lugar no pódio.

*ZHESPORTES