Apesar de ter segurado o placar de 1 a 0 até os 31 minutos do segundo tempo, o Brasil não resistiu à pressão da Argentina e acabou perdendo por 2 a 1, complicando sua situação nas Eliminatórias. O time de Felipão (foto), agora, se mantém em quarto lugar na tabela, com 24 pontos, e precisa vencer Chile e Venezuela em casa para manter vivas as chances de classificação ao Mundial de 2002. O Brasil conseguiu a vantagem no placar logo no início da partida. Aos dois minutos, Roberto Carlos cobrou falta ao lado da área, e o zagueiro Ayala, pressionado por Rivaldo, tocou de cabeça para a rede. Depois de a bola passar a linha, o goleiro Burgos tirou, mas já era tarde: Brasil 1 a 0. A Argentina imediatamente partiu em busca do empate, mas chutou poucas vezes na meta de Marcos, muito devido à marcação eficiente no meio-campo. O melhor momento dos donos da casa na primeira etapa foi aos 14 minutos, quando Simeone escorou de cabeça, depois de receber na medida de Placente – a bola passou raspando o travessão. Na segunda etapa, o técnico Marcelo Bielsa tirou Placente e colocou o hábil Ortega na ligação com o ataque pela direita. A alteração e a conversa no vestiário deram resultado: a Argentina partiu para cima, criando oportunidades de ataque a todo momento, enquanto o Brasil se encolheu no próprio campo. Sem criar jogadas e preocupando-se somente em se defender, o time de Felipão sucumbiu ao ímpeto do adversário. Aos oito minutos, Ortega cruzou, e Crespo mandou na trave. Era questão de tempo, e o gol de empate veio aos 31, quando Ortega, o melhor em campo, levantou para a área, atrás da zaga, para Gallardo escorar de cabeça. Apesar da evidente desarticulação do time, o técnico Luiz Felipe optou por manter a retranca, sem alterar o meio-de-campo (apenas Vampeta entraria no lugar de Mauro Silva, lesionado). Acabou pagando o preço: aos 39, na bola levantada para a área, Cris marcou contra e decretou a derrota brasileira por 2 a 1. Vale lembrar que Lúcio, o zagueiro responsável pela marcação naquele setor, estava fora de campo, sendo atendido na beira do gramado. Nada que tire o brilho da vitória dos argentinos, que jogaram melhor e confirmaram o favoritismo no Monumental de Nuñez.

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