A Seleção de Luiz Felipe tem nesta quarta-feira o maior desafio até agora nas Eliminatórias: superar a eterna rival Argentina, líder e já classificada para a Copa do Mundo de 2002. No Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, o Brasil tenta se afirmar depois da vitória sobre o Paraguai e chegar mais perto do Mundial. Depois de comandar o reconhecimento do gramado do Monumental, na tarde de terça (foto), Felipão concedeu entrevista coletiva e disse que um empate contra os embalados argentinos não seria nada mal. O treinador, porém, fez jogo de cena, consciente de que arrancar os três pontos, fora de casa, daria ao grupo um considerável ganho de confiança. E, para isso, não promete futebol bonito. – O importante é conquistar a vaga, depois vou pensar em qualidade – disse. O selecionado argentino também tem motivos para buscar uma vitória sobre o Brasil. O último confronto foi vencido pelos brasileiros por 3 a 1, a única derrota dos hermanos nas Eliminatórias. A partida, disputada dia 26 de julho do ano passado em São Paulo, no Morumbi, teve gols de Vampeta (2) e Alex, dois jogadores que viajaram para a Argentina com a delegação, mas que não deverão ser titulares desta vez. Felipão não confirma, mas tem o time definido desde segunda-feira, antes de deixar a Granja Comary, em Teresópolis, Rio. Para segurar jogadores perigosos como Ortega, Crespo e Simeone, Luiz Felipe irá colocar no meio-campo dois volantes de contenção tradicionais: Mauro Silva e Eduardo Costa. Para fazer a ligação com o ataque na base da velocidade e da movimentação, Marcelinho Paraíba foi escalado. Rivaldo será atacante, mais recuado, ao lado de Élber. A Argentina de Marcelo Bielsa está em um melhor momento e, teoricamente, é favorita. Mas clássico é clássico, e o Brasil precisa vencer. Resta saber se as armas de Felipão serão suficientes nesta quarta-feira.

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