A tragédia de 15 de janeiro, que tirou a vida do atacante Claudio Milar, do zagueiro Régis e do preparador de goleiros Giovanni Guimarães, também comprometeu o futuro do Brasil-Pe neste Gauchão. Fora o lado humano da questão – o mais importante, sem dúvida -, o acidente envolvendo o ônibus do clube na RS-471 fez os xavantes conviverem com o risco de voltar à Segundona. O time precisa de, ao menos, 10 pontos em 15 a serem disputados para escapar.

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Veja os gols da partida:

O resultado de ontem é só mais um dissabor para um time que não venceu em 10 rodadas. São três empates e nenhuma vitória. O acidente tirou sete jogadores e a comissão técnica de ação. Forçou a remontagem do grupo com atletas carentes da melhor forma física.

– O Gleydson chegou num dia para jogar no outro. No momento em que decidimos participar, tivemos 10 dias – lamentou ontem o presidente Helder Lopes.

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Os reforços vieram, mas pouco acrescentaram. O técnico Cláudio Duarte se ofereceu para trabalhar de graça. Ficou até a partida contra a Ulbra, quando se despediu com a justificativa de que o vestiário precisava de novo discurso. Naquela partida, o time levou 5 a 2 e se envolveu em confusão, que terminou em três suspensões na Justiça Desportiva. Era o oitavo jogo em 16 dias, já que o Brasil-Pe teve de adiar a estreia e, depois, jogar as partidas atrasadas em intervalo médio de dois dias.

O momento delicado, porém, ainda mantém o otimismo de quem está cinco pontos atrás do Inter-SM, o primeiro a escapar do rebaixamento – e isso que o time de Santa Maria joga amanhã.

– De qualquer forma, temos que reagir, buscar forças. Ainda dependemos só de nós – conclamou Lopes, que já projeta a participação na Série C do Brasileirão.

– Para quem tem fé em Deus, as coisas vão dar certo – sorriu o lateral Gleydson.

Drama em números

– 3 pontos

– 10 jogos

– 3 empates

– 7 derrotas

– 12 gols-pró

– 31 gols contra

– 10% de aproveitamento