Está cada vez mais caro viver no Brasil. A inflação não abaixa; a carga tributária só cresce; os desequilíbrios criados pela intervenção do governo federal na economia e pelas soluções artificiais que nada solucionam só pioram a situação. A inflação está de novo em escalada.
Continua depois da publicidade
Os índices de preços sobem justamente quando o governo dizia que cairiam. Isso não chega a ser novidade: em geral, nos últimos tempos a economia brasileira tem se comportado sempre de maneira distinta da que o governo federal diz que ela se comportaria.
Percebe-se um traço esquizofrênico na nossa política econômica. A inflação deste primeiro trimestre foi mais alta do que a dos três meses iniciais de 2013. Mesmo eliminando comportamentos destoantes, como os causados pela falta de chuvas, os índices de preços estão agora mais elevados do que há um ano. Poderia ser apenas uma preocupação estatística, mas é bem mais que isso. Não será possível segurar artificialmente custos em alta por muito mais tempo.
Os combustíveis já iniciaram um processo de correção no ano passado, mas ainda continuam bastante defasados em relação ao preço que a Petrobras paga para importá-los do exterior – o que está na raiz do desmonte da nossa maior estatal. Com a energia, dá-se o mesmo. O governo tentou derrubar os preços na marra, mas fracassou.
Como se não bastasse este arrazoado de preços em desequilíbrio e em galopada, nossa carga tributária segue alta e em expansão. Registrará aumento em proporção do PIB nos quatro anos da atual gestão. Não há menor sombra de dúvida de que a chamada nova matriz econômica do governo federal fracassou.
Continua depois da publicidade
Na realidade, ela é a velha diretriz estatista, que a experiência mundial já tinha varrido para debaixo do tapete, mas infelizmente o governo federal insistiu em tentar ressuscitar. Fizeram o país de laboratório e a experiência deu errado. Infelizmente, quem paga por isso somos nós.