A Seleção Brasileira conquistou a medalha de prata em Londres. Os jogadores e a comissão técnica, contudo, perderam a medalha de ouro. Sem desmerecer o bom conjunto do time Mexicano, que venceu por 2 a 1 com justiça e merecimento.
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Simplesmente a atuação de jogadores milionários, como Neymar, Thiago Silva e Oscar, não valeu “um penny” furado. Medalha de latão para eles, para o lamentável lateral Rafael, protagonista da derrota, e para o técnico Mano Menezes, que montou uma equipe frágil taticamente.
Primeiro tempo constrangedor, com assinatura de Rafael
Para a o torcedor que veio a Wembley, há uma semana, e viu as meninas do Brasil levarem um gol a um minuto, veio a sensação de déjavu. Para quem só chegou hoje no templo do futebol, levar um gol a 30 segundos já seria constrangedor. Agora, sair perdendo uma final olímpica para o México, levando um gol ridículo, entregue por Rafael é mais triste ainda.
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O ala brasileiro cometeu aquele erro que nem em pelada é aceitável, quanto mais em um jogo de tamanha responsabilidade. E o que seria um jogo difícil ao natural transformou-se num projeto de pesadelo.
O México, obviamente, começou a tocar a bola e a marcar o time brasileiro, que não encontrava solução para tentar atacar.
Somente aos 15 minutos o Brasil conseguiu a primeira investida. E com pouca efetividade diante de um México melhor postado em campo e marcado de perto todos os lances.
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Tanto que, aos 25 minutos, Hulk já aquecia na borda do gramado, para entrar aos 32 minutos, na vaga de Alex Sandro. Claramente o técnico Mano Menezes percebeu sua opção tática equivocada, que não permitia a Neymar ter espaço, isolava Damião e deixava Oscar sem parceiro para tocar a bola.
Apesar deste detalhe tático, tanto Neymar quanto Oscar tiveram no primeiro tempo uma atuação tosca, tímida e até indigna dos seus salários nos clubes que defendem.
Ah, e o lateral Rafael? Depois de entregar o gol, errou três cruzamentos, dois passes e não ajudou em nada na defesa, nem no ataque.
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Quanto ao México, fez a sua festa particular pelo lado esquerdo e tentou sempre que pôde chutar, aproveitando a visível fragilidade do goleiro Gabriel.
No final da etapa, a entrada de Hulk mostrou um novo horizonte, com um time mais agudo e encaixando quatro ataques perigosos, sendo um deles com um belo chute do atacante do Porto, de fora da área, obrigando o goleiro Corona a boa defesa.
Segunda etapa de uma zaga amiga do adversário
Aos dois minutos da segunda etapa, Hulk já incomodava. Neymar, também dava um chute perigoso e aos quatro tentava dentro da área adversária. O Brasil começou o segundo tempo com vontade.
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O México começou o jogo acuado, fazendo cera e batendo forte. E o time brasileiro parecia outro. Parecia. Alarme falso.
O técnico mexicano percebeu a inconsistência brasileira e povoou o meio com Ponce, retirando o meia avançado Fabian.
Neymar seguiu mais efetivo, porém ainda pecando nas finalizações e demorando para passar a bola. E a vontade ainda não conseguia suplantar as deficiências táticas do time mal concebido por Mano.
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Tanto que, aos 18 minutos, mais uma falha individual na zaga, deu a melhor chance até então para os mexicanos. A bola bateu na trave. E, logo depois, Peralta colocou a bola nas redes, mas a arbitragem deu impedimento.
Aos 25 minutos, Mano radicalizou: entrou Pato, saiu Sandro. Mas não adiantou, o centroavante que brilhou foi outro atacante. Aos 29 minutos, Peralta ampliou para 2 a 0. E gol saiu aproveitando o mal posicionamento de dois zagueiros, Juan e Thiago Silva, que foram levados por Mano justamente para proteger o setor.
Hulk ainda chegou a diminuir para o Brasil, nos últimos minutos, dando a esperança de que em dois minutos sairia o empate e uma possível prorrogação. Mas já era tarde. O Brasil levou a prata para casa.
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Ficha técnica
Brasil (1)
Gabriel, Rafael da Silva (Lucas), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Alexandre Pato), Rômulo, Alex Sandro (Hulk) e Oscar; Neymar e Leandro Damião
Técnico: Mano Menezes
México (2)
Corona; I. Jimenez (Vidrio), Salcido, Mier e Chavez; Reyes, Enriquez, Herrera e Fabian; Aquino (Ponce) e Peralta (R. Jimenez)
Técnico: Luis Fernando Tena
Árbitragem: Mark Clattenburg (ING) auxiliado por Stephen Child (ING) e Simon Back (ING)
Local: Estádio Wembley, Londres
Horário: 11h (Brasília)
Gols: Peralta (0’28″/1ºT), Peralta (29’/2ºT) e Hulk (45’/2ºT)
Cartões amarelos: Marcelo e Leandro Damião (BRA) Reyes, I. Jimenez e Vidrio (MEX)