Apesar da hecatombe política provocada pela delação da JBS, fato é que com a saída da então presidente Dilma o capital estrangeiro já começou a retomar investimentos em território brasileiro. De acordo com a revista Época, nos três primeiros meses de 2017 houve o ingresso de US$ 14,84 bilhões de Investimento Direto no País (IDP), notadamente relacionado a aquisições de empresas ou novos projetos, como instalação de fábricas.

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O escritório suíço-italiano Maeri Consulting, com atuação em São Paulo e Santa Catarina, afirma que a maior procura por parte dos estrangeiros está relacionada a empresas com faturamento abaixo dos R$ 350 milhões e ligada aos setores de tecnologia e infraestrutura. Este último, potencializado pelas futuras PPPs que podem ser destravadas pelo Brasil, mas principalmente em Santa Catarina, com o marco regulatório já aprovado. Poderemos ter os players estrangeiros nos próximos anos, concentrando ainda mais o mercado na mãos dos grandes. A esquerda, sempre com suas teorias conspiratórias e a mania de colocar a culpa do próprio fracasso nos outros, afirma que esse sempre foi o pano de fundo do afastamento de Dilma: enfraquecer a economia, as estatais e empresas brasileiras para colocar o Brasil em liquidação aos “tubarões mundiais do capitalismo”.

BNDES

Fico imaginando o proprietário do pequeno e médio negócio, que trabalha 12 horas por dia e sem juro convidativo, ao se deparar com empréstimos vultosos para empresas amigas do poder, como os concedidos nos últimos anos pelo BNDES. O Banco deveria priorizar aqueles que são responsáveis pela maior geração de emprego no país: os microempresarios.

Lógica

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No Japão, só é permitida a compra do carro caso o motorista prove que tem onde estacionar o veículo. Faz sentido. Hoje, muito comum é o cidadão ter uma vaga na garagem e dois carros. O outro fica na rua. No Japão, porém, o transporte coletivo é de excelência.

Consumidor

Em pesquisa realizada, o advogado Rodrigo Horn identificou que o “custo da não qualidade” no Brasil é de 15% a 30% do faturamento das empresas. Esse é o percentual que elas deixam de ganhar por não produzir e entregar 100% de produtos e serviços adequados e com qualidade, gerando queixas e devoluções. Somente no ano passado foram 2,4 milhões de reclamações nos Procons, que resolvem o problema em até um ano, e 1,6 milhão de ações defendendo os interesses dos consumidores no Judiciário, sendo o quarto assunto que mais gera processos e onde a duração é de até cinco anos. Telefonia celular e fixa são as campeãs de problemas.

*Renato Igor é interino da coluna de Moacir Pereira. O colunista retorna de férias no dia 30 de maio.

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