Com o crescimento de 0,1%, o Brasil figura na lista de economias que menos cresceram em 2014. Em comparação com outros emergentes – Rússia, Índia e África do Sul – o Brasil teve o pior resultado.
Continua depois da publicidade
Como um PIB menor interfere na vida das pessoas
Entre as maiores economias, a China mais uma vez teve o melhor desempenho. O gigante asiático avançou 7,4% em 2014. O resultado – crescimento mais baixo desde 1990, segundo os dados oficiais do governo de Pequim- confirmou a tendência de desaceleração da economia chinesa dos últimos anos, após um crescimento de 7,7% em 2013 e 2012, e de 9,3% em 2011.
Os Estados Unidos cresceram pelo quinto ano seguido após dois anos de recessão – 2008 e 2009 – provocados pela crise financeira internacional. O avanço de 2,4% consolida a recuperação americana e reflete a queda nos índices de desemprego que recuaram para 5,6%, menor patamar em seis anos e meio.
Continua depois da publicidade
Leia as últimas notícias do dia
A Europa tem recuperado a força econômica, embora num ritmo muito mais lento que o exibido pelos EUA. No conjunto do ano, o PIB regional cresceu 0,9%. Entre os países da zona do euro que apresentaram seus dados dentro do prazo (Irlanda, Eslovênia, Luxemburgo e Malta atrasaram a entrega, o que transforma suas cifras individuais em dados preliminares), as maiores taxas de crescimento foram da Alemanha e Espanha.
No conjunto do ano, a economia alemã cresceu 1,5%, frente ao modesto avanço de 0,2% em 2013. O emprego, que atinge máximas históricas, salários em alta e a inflação moderada motivaram o consumo das famílias na Alemanha no ano passado. O comércio também registrou desempenho favorável, apesar da persistente fraqueza na Europa, maior mercado para exportações alemãs, e crises na Ucrânia e no Oriente Médio.
A outra face da consolidação do crescimento alemão foi, mais uma vez, a economia da França, segunda maior potência da Zona do Euro. No ano todo, a alta francesa foi de 0,4%, igual à de 2013.
Entre os países emergentes, 2014 foi um ano ruim. Além da China, Índia e África do Sul também colocaram o pé no freio. Nada perto, no entanto, da desaceleração russa dos últimos anos, que passou de um crescimento do PIB de 8% nos dois primeiros mandatos de Vladimir Putin (2000-2008) para 1,3% em 2013. Os analistas atribuem o recuo ao modelo econômico extremamente dependente do petróleo e do gás.
Continua depois da publicidade