O Brasil conquistou o selo “grau de investimento” por mais uma importante agência de classificação de risco. Hoje, a Moody’s elevou a nota do País para “Baa3”. No dia 30 de abril do ano passado, o Brasil se tornou grau de investimento pela avaliação da Standard & Poor’s. Em 29 de maio de 2008 foi a vez da Fitch atribuir a nota ao País.

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A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de desonrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.

A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado “grau de investimento”. Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação.

– A Moody’s Investors Service elevou os ratings de dívida do Governo do Brasil em moeda local e estrangeira do grau especulativo Ba1 para Baa3, patamar inicial para créditos com grau de investimento. A perspectiva para os novos ratings é positiva. A elevação reflete o reconhecimento pela Moody’s de que a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de resposta das autoridades, aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil – afirmou Mauro Leos, Regional Credit Officer da Moody’s para a América Latina.

Ainda que a economia apresente crescimento negativo do PIB em 2009 e as contas fiscais sofram deterioração em relação aos anos anteriores, afirmou Leos, o desempenho geral do Brasil provou ser melhor do que a maioria dos países classificados como grau de investimento na categoria Baa, onde o Brasil agora está situado.

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O representante da Moody’s para a América Latina disse que a elevação do rating é parte de um processo continuo para identificar países que se tornaram “vencedores” durante o período de turbulência financeira e econômica global. O processo levou a um reajuste dos ratings soberanos na escala global para certos países cujos perfis de crédito soberano, ao mesmo tempo em que seguiram por um caminho positivo no médio prazo, provaram ser menos vulneráveis na comparação com seus pares.

O teto soberano do Brasil para dívida em moeda estrangeira também foi elevado de Baa3 para Baa2, e o teto soberano para depósitos bancários em moeda estrangeira foi elevado de Ba2 para Baa3. Esses ratings têm perspectiva positiva. Os tetos do país em moeda local para depósitos e dívidas não foram afetados.