A presidente Dilma Rousseff e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, assinaram, nesta sexta-feira, nove atos institucionais de cooperação que devem trazer inovações tecnológicas ao Brasil, além de proporcionar o intercâmbio de especialistas. Os dois países criaram o Programa de Cooperação em Tecnologia da Informação Brasil-Coreia, que envolverão empresas, universidades, e centros de pesquisa.

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Entre as informações a serem intercambiadas estão governança da Internet; comunicações móveis em 5G; e aplicação de big data, que se trata da análise de grandes quantidades de dados para a geração de resultados importantes que, em volumes menores, dificilmente seriam alcançados. O acordo trata também da aplicação de M2M, a chamada Internet das Coisas, que possibilita a comunicação entre diversos objetos, enviando e recebendo informações e dados por meio de óculos, relógios e outros objetos que possam usar a internet.

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No que diz respeito a geração de energia, os países vão colaborar na área de energia nuclear por intermédio de troca de dados, experiências, visitas e trabalho conjunto entre a Eletronuclear/Eletrobrás e a Korea Electric Power Company (KEPCO). Dilma ressaltou a colaboração como importante para reduzir as emissões de gás carbônico produzidos a partir da produção de energia termoelétrica, por exemplo, usada pelo Brasil.

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Serão fortalecidos os laços de comércio entre pequenas e médias empresas. Um dos atos trata especificamente das trocas de conhecimento para redução do uso do papel no comércio. Por meio dos acordos comerciais, Dilma pretende ampliar e diversificar o comércio de bens com maior valor agregado.

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Além dos nove atos, foi assinado o protocolo adicional à Convenção destinada a evitar dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre a renda para emendar a Convenção original assinada em 1989 entre os dois países de modo a atualizar questões relativas a troca de informações.

Uma das questões tratadas no encontro foi o rompimento das barreiras coreanas para a importação da carne suína produzida em Santa Catarina para melhorar a situação deficitária da balança comercial com aquele país. A carne suína brasileira encontra dificuldades no mercado porque a Coreia não aceita o chamado Princípio da Regionalização – segundo o qual bastaria a uma unidade federativa, e não ao país como um todo ter certificação sanitária internacional para exportar carne.

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*Agência Brasil