O Brasil não passou de um empate em 0 a 0 com a Colômbia na noite desta quarta, dia 13, para decepção do público alagoano de Maceió, no Estádio Rei Pelé. O adversário veio para tentar pelo menos um ponto com um empate. E conseguiu. A Seleção não encontrou do outro lado do campo a mesma fragilidade e ingenuidade apresentada pela Venezuela, na rodada passada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Também foi a primeira vez que o Brasil não marcou gols em casa em 32 jogos de Eliminatórias.

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Mesmo com o empate, a Seleção Brasileira segue na liderança da competição, com 20 pontos. Agora, com apenas um ponto de vantagem à frente da Argentina

Desta vez o Brasil pegou um adversário disposto a evitar de qualquer maneira uma derrota. Quando a Seleção tocava a bola, a Colômbia recuava todo o time até a intermediária. O técnico Reinaldo Rueda armou uma retranca eficiente, mas com uma rápida saída os contra-ataques, apostando na finalização de Angel, que autou sozinho no ataque. Se avançar pelo meio foi complicado, a alternativa foi pelas pontas.

Os canhotos Zé Roberto e Roberto Carlos funcionaram melhor, pelo menos no primeiro tempo. Mas chegaram à linha de fundo raras vezes para cruzar a bola na área. Em todas, vantagem da defesa, comandada pelo competente zagueiro Perea. Aos 9 minutos, Alex recebeu após uma triangulação rápida e arriscou um chute forte da intermediária. Calero fez a defesa em dois tempos, no susto. O Brasil ainda teve oportunidade de marcar com Ronaldinho, em uma cobrança de falta próxima à área. Da mesma forma, a Colômbia desperdiçou boa oportunidade com Mário Yepes.

Já Ronaldo se movimentou, deu arrancadas, fez jogadas individuais e concluiu três vezes a gol. Duas pela linha de fundo e uma o goleiro colombiano defendeu. De fato, o time do técnico Carlos Alberto Parreira poderia ter tido um rendimento melhor na primeira etapa.

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A equipe voltou do intervalo com a mesma formação. E voltou com a mesma baixa criatividade de alternativas apresentada na etapa inicial. Magrão não fez boa partida e contribuiu pouco para o time. Aos 13 minutos deu lugar a Elano, enquanto Alex saiu para a entrada do atacante Adriano. Em suma, o meio-campo sentiu a falta da habilidade de Kaká.

A partir daí o Brasil até criou jogadas pelo meio. Na melhor delas, Ronaldo pegou o rebote de uma bola mal afastada pelo goleiro, que havia saído até a intermediária. O atacante driblou Calero e conduziu a bola até a entrada da área, dando tempo de a defesa se recompor. Além de perder o tempo ideal para o arremate, ficou com pouco ângulo e acabou chutando para fora aos 18 minutos.

Porém, o Brasil teve um gol legítimo anulado aos 26 do segundo tempo. Após jogada de Ronaldinho na entrada da área, Adriano chutou forte à queima-roupa. A bola estourou no travessão, quicou com violência no gramado e saiu de dentro do gol. A arbitragem considerou que foi antes da linha da goleira. Entretanto, passou mais de meio metro da linha da goleira.

Mas os avanços pelo meio duraram até os 32 minutos, quando Rueda sacou o articulador Pacheco para o ingresso do volante Viveros. Satisfeita com o empate, a Colômbia voltou a bloquear os avanços do Brasil em campo. Nem na bola aérea, com a estatura de Adriano, a Seleção levou a melhor. Parreira ainda colocou Edu em campo, no lugar de Zé Roberto, perto do final. Ele pouco mexeu na bola.

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O Brasil deixou o torcedor de Maceió decepcionado. Era esperado um bom placar, até mesmo dilatado, e com direito a espetáculo. O técnico Parreira tranferiu os méritos do resultado ao colega colombiano, Rueda. Veio jogar em solo brasileiro e conseguiu o que queria: não ser derrotado e obter um empate.

A Seleção, líder das Eliminatórias Sul-Americanas, volta a jogar pelas Eliminatórias no dia 16 de novembro, contra o Equador.

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