A Seleção Brasileira masculina de vôlei segue imparável na edição 2013 da Liga Mundial. Nesta sexta-feira, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a vítima da vez foi a França. O time nacional teve um confronto muito mais complicado do que o esperado, mas conseguiu vencer por 3 a 2, com parciais de 25-20, 25-22, 22-25, 21-25 e 15-12.

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Esta foi a quinta vitória dos comandados de Bernardinho na competição em cinco jogos disputados. Retrospecto que dá ao time 13 pontos e a liderança do Grupo A do torneio – considerado o mais forte, e que ainda conta com Bulgária, Estados Unidos, Polônia e Argentina.

O principal destaque brasileiro foi, mais uma vez, o ponteiro Lucarelli. Ele foi o maior pontuador da Seleção com 21 pontos. Além de contribuir no ataque, o jogador do Sesi-SP também foi responsável por sequências importantes no saque, em momentos em que o time se encontrava em momentos complicados.

As duas seleções voltam a duelar neste sábado, às 10h10 (de Brasília). Após os jogos deste fim de semana, o Brasil ainda encara a Bulgária em Brasília, no próximo fim de semana, e os Estados Unidos, no Rio de Janeiro, daqui a duas semanas.

O JOGO

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Com o sexto inicial formado por Bruninho, Éder, Lucão, Dante, Lucarelli, Vissotto e Mário Junior, a Seleção Brasileira teve trabalho desde o começo do confronto. Os franceses chegaram à primeira parada técnica à frente, com 8 a 7.

A passagem de Lucarelli pelo saque foi decisiva para a volta do Brasil à partida. Foram três pontos consecutivos com o ponteiro sacando. Com o set sob controle, o bloqueio brasileiro passou a funcionar.

Em um deles, a bola foi amortecida e facilitou o passe do time de Bernardinho. Um bom levantamento de Bruninho e o ataque de Lucão pôs fim ao primeiro set: 25 a 20.

A segunda parcial foi de altos e baixo. Os dois times erraram muito – foram nove pontos dados ao adversário, ao todo -, e o domínio no placar se alternou.

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O Brasil saiu à frente e vencia até a primeira parada técnica por 8 a 5. No entanto, uma “pane” fez com que os franceses virassem o marcador e fizessem 10 a 8. Nova passagem de um brasileiro no saque foi decisiva, desta vez com William Arjona.

O levantador reserva saiu do banco e comandou a Seleção para empatar novamente a partida em 13 pontos. Um bloqueio de Lucão, alguns pontos depois, fez o Brasil liderar em 16 a 15 na segunda parada técnica.

Com mais volume de jogo, a Seleção novamente não foi ameaçada nos pontos finais. Os franceses passaram a errar, e com um bloqueio de Vissotto, o Brasil fez 25 a 19 e 2 sets a 0 no jogo.

A terceira parcial também contou com o equilíbrio já visto nas duas anteriores. Apesar de estar vencendo por 16 a 14 na segunda parada técnica, os brasileiros permitiram a reação do europeus.

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Comandados sobretudo pelo ponteiro Earvin Ngapeth – maior pontuador do confronto com 24 pontos -, os rivais viraram para 20 a 16. Bernardinho foi obrigado a parar o jogo em duas oportunidades para reestruturar a equipe.

As paradas não funcionaram e, em um erro de William Arjona, que pisou na linha no momento do saque, a França fechou a parcial em 25 a 22.

Se o volume de jogo brasileiro fez a diferença nos dois primeiros sets, foi a vez de a França se impor na quarta parcial. O Brasil passou a se complicar com forte bloqueio francês.

Para complicar ainda mais, o saque brasileiro parou de funcionar. Com isso, os franceses chegaram a abrir três pontos de vantagem após o segundo tempo técnico. Com um Ngapeth, novamente, os europeus fizeram 25 a 21 e forçaram o tie-break.

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TIE-BREAK

O set decisivo começou com um pouco mais de equilíbrio. Em um erro de recepção de Lucarelli, os franceses abriram dois pontos de vantagem: 5 a 3. Os erros de saque, no entanto, deram a tônica brasileira no início do desempate. Um erro de Lucão no fundamento colocou os franceses à frente por 8 a 6 na parada técnica.

Os franceses ficaram muito próximos da vitória quando, em seguida, abriram três pontos de frente (12 a 9) e obrigaram Bernardinho a parar a partida. O tempo surtiu efeito, e a entrada de William Arjona para sacar também contribuiu. Com três pontos seguidos, o Brasil conseguiu empatar novamente a parcial, em ataque do oposto Wallace. Foi a vez de Laurent Tillie, técnico da França, parar o jogo.

A incrível sequência de William Arjona no saque não foi interrompida, no entanto. Com um ataque para fora e uma bola na antena do ataque francês, o time brasileiro chegou ao ponto do jogo. Coube a Lucão bloquear o ataque francês e fechar o set a partida: 15 a 12, 3 sets a 2 para o Brasil, ainda invicto na Liga Mundial.