O Brasil arrancou um empate de 3 a 3 no fim de uma partida que poderia ter ganho fácil pelo o que apresentou no primeiro tempo. Apesar de evitar uma derrota, deixou de conquistar três pontos atuando ao lado da torcida curitibana, no Estádio Pinheirão, em partida válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O gol salvador foi de Ronaldo, aos 41 minutos do segundo tempo. O Uruguai se aproveitou das falhas da defesa, principalmente da insegurança de Lúcio, para marcar duas vezes com Forlan. Quando estava 2 a 2, Gilberto Silva tentou afastar uma bola, mas acabou cabeceando para trás e encobriu Dida. A torcida viu um empate com jeito de derrota na noite desta quarta, dia 19.
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Muitos consideraram, antes da partida, que o técnico uruguaio Juan Ramón Carrasco, que trajava um elegante terno amarelo à beira do gramado, era louco ao escalar três atacantes em um compromisso fora de casa. Na verdade, um tanto ousado. Mas o primeiro chute em gol foi do Brasil. Rivaldo arriscou da meia-esquerda aos 5 minutos, e o goleiro Munua apenas acompanhou com os olhos a bola sair pela linha de fundo.
Mesmo tendo de apelar para jogadas individuais, a Seleção impôs o ritmo. O trio Kaká, Rivaldo e Ronaldo funcionou no primeiro tempo e deu trabalho à defesa adversária. Aos 14 minutos, o atacante do Real Madrid fez boa tabela e recebeu livre dentro da área. Munua defendeu no primeiro lance, mas permitiu rebote nos pés de Ronaldo, que chutou de novo. Acertou o poste. Enquanto isso, na zaga brasileira, Lúcio patinou nas suas intervenções iniciais.
O primeiro gol da partida surgiu em um contra-ataque rápido brasileiro aos 19 minutos. Rivaldo abriu a jogada na esquerda para o cruzamento na área Ronaldo. Desajeitado, Kaká conseguiu concluir com a coxa, sem muita força, mas o suficiente para empurrar a bola para as redes uruguaias, abrindo o marcador. Nove minutos depois, foi a vez de Ronaldo fazer o dele, o gol número 50 com a camisa da Seleção. Recebeu um lançamento preciso de Zé Roberto, driblou o goleiro dando um toque com o ombro para depois bater com o gol livre.
A vantagem de 2 a 0 fez o time de Carlos Alberto Parreira se acomodar no retorno para o segundo tempo. Carrasco colocou em campo o meia Recoba. E guardou por mais alguns minutos o atacante Chevanton, especialista nas cobranças de falta. Em uma das bobeiras da Seleção, Forlan aproveitou e diminuiui a diferença no placar aos 11 do segundo tempo. Roque Júnior afastou mal a bola e deixou o atacante cara a cara com Dida. Melhor para o uruguaio. Aos 30 minutos, voltou a marcar de cabeça, livre na área do Brasil.
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Se o jogo ficou complicado com o empate, tornou-se pior ainda quando Gilberto Silva tentou interceptar a bola na frente da área com um cabeceio dois minutos depois. Acabou batendo para trás e encobriu Dida: 3 a 2, de virada. A partir daí, a torcida vaiou e até ensaiou um “olé” enquanto o Uruguai trocava passes.
No entanto, Ronaldo impediu a derrota em casa aos 41 minutos do segundo tempo ao bater cruzado da entrada da área. Munua se esticou, mas não teve chances no lance. Nos minutos finais, o Brasil desperdiçou oportunidades com Luís Fabiano e Juninho Pernambucano, que entraram no decorrer da etapa complementar. Ronaldo ainda acertou no poste uma bola cabeceada.
Com o resultado, a Seleção perde de vez a liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2006. A equipe de Parreira fica com oito pontos na tabela de classificação. O próximo compromisso brasileiro na competição está marcado só para março de 2004.
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