Com termômetros chegando aos 40ºC e temperaturas elevadas causadas pela onda de calor, internautas questionam se o Brasil pode ser o país mais quente no mundo essa semana. A dúvida divide opiniões de especialistas, pois existem regiões que podem ultrapassar os 40ºC. As informações são do g1.
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Há países na Ásia e Oriente Médio em que as máximas superam os 44ºC. Essa é a justificativa para o meteorologista da Climatempo, Fábio Luengo, que nega a afirmação, pois no Brasil a maior temperatura pode chegar aos 42ºC.
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Mas para Maria Clara Sassaki, especialista em metereorologia, o país pode sim bater os recordes mundiais. Ela justifica que, de acordo com os modelos meteorológicos do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF) e do Global Forecast System (GFS), as temperaturas alcançadas no Brasil chegam perto das registradas na Arábia Saudita e em regiões perto do Egito e da Líbia.
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Já para Bruno Brainy, meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, é necessária uma análise maior.
— É preciso bolar uma metodologia para entender isso. É a onda mais quente porque tem uma temperatura maior do que todas as outras ou é a temperatura média de uma área? —, questiona.
Caso as temperaturas batam recorde, pela segunda vez em menos de um ano o país estaria entre os mais quentes do mundo.
Em relação ao tamanho, não existe uma área tão grande e quente quanto o Brasil nos próximos dias, de acordo com exemplos apontados por Maria Clara.
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Metereologistas ainda discutem que as temperaturas acima dos 40ºC são pontuais, ocorrendo apenas em algumas cidades.
— Dizer que uma cidade brasileira pode estar no top 10 das mais quentes do mundo nesse período pode ser mais plausível, porque alguns locais devem seguir tendo marcas superiores a 40°C —, analisa Luengo.
Mesmo com a intensa onda de calor para o território brasileiro, Fábio Luengo pontua que o fenômeno não deve colocar o país no topo do mundo em relação às temperaturas, mas o evento traz alerta para a saúde.
Tempo seco prejudica a saúde da população
Com a ausência de chuvas e os dias quentes, a umidade relativa do ar não deve subir, inclusive nos próximos dias. As regiões Sudeste e parte do Centro-Oeste devem ser os locais mais afetados de acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
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A umidade deve ficar entre os 20% e 30% em cidades do Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais, sul de Goiás, Mato Grosso do Sul, oeste do Mato Grosso, Rondônia e sul do Amazonas.
Os novos focos de incêndios, intensificados pelo clima seco, fizeram com que o estado de São Paulo decretasse emergência nessa terça-feira (3). A fumaça também deixou Belo Horizonte encoberta nesta semana.
Para evitar os efeitos prejudiciais do tempo seco, que aumenta o risco para a saúde, as recomendações são:
- Beber bastante líquido;
- Evitar desgaste físico nas horas mais secas;
- Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.
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Algumas regiões não sofrerão com o calor
De acordo com o Inmet, entre quinta (5) e sexta (6), no Sul as temperaturas caem bruscamente. Em Porto Alegre e em Florianópolis as máximas não passam de 20°C.
No Sudeste, a capital paulista terá um alívio nas temperaturas que estão batendo os 30°C. Na sexta, os termômetros não chegarão aos 20°C.
Mas as temperaturas baixas serão apenas momentâneas. Em todas as regiões elas voltam a subir, chegando perto dos 30°C. As temperaturas elevadas podem seguir até metade do mês de outubro, de acordo com os modelos meteorológicos.
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