O técnico do Figueirense participou do programa Bem, Amigos! do canal SporTV, e reafirmou o interesse de ser técnico da Seleção Brasileira. Branco participou de três Copas do Mundo como jogador:1986, 1990 e 1994, na última foi campeão.

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– A minha estreia como técnico está sendo muito boa, isso era um projeto de vida meu. E depois de ter montado o time do Fluminense, que foi à final da Copa do Brasil (campeão diante do Figueirense em 2007), e de me formar no curso de técnico na FIFA, eu queria trabalhar como técnico. E está muito bom até agora, encontrei um clube com uma estrutura muito boa – explicou.

Questionado pelos internautas, que enviaram perguntas ao programa, sobre sua vontade de ser técnico da Seleção Brasileira, Branco disse que isso é um dos seus objetivos.

– A questão de eu querer ser grande é minha, e quando eu quero chegar eu luto para conquistar meus objetivos. É assim que eu passo para meus atletas, se você quer alguma coisa, tem que lutar. E tomara Deus que um dia eu chegue ao cargo de técnico da Seleção Brasileira. Claro que não é agora, mas eu quero isso – falou.

Sobre o Figueirense, Branco agradeceu a oportunidade aos dirigentes do clube, elogiou o elenco e disse que foi bem recebido na cidade de Florianópolis.

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– A torcida do Figueirense me recebeu muito bem e a direção me deu um grupo de jogadores muito bom. O Figueirense perdeu sete jogadores do ano passado, jogadores qualificados e a gente teve que remontar a equipe. O importante é que eu encontrei uma boa estrutura de trabalho. Estou muito feliz por trabalhar no Figueirense, a torcida é maravilhosa – analisou.

O treinador também relembrou da sua chegada no comando técnico do Figueira. A diretoria do clube apostou em Branco, que nunca havia trabalho anteriormente como técnico de futebol.

– Não foi fácil para eles me escolherem como técnico. O Figueirense foi uma sensação no ano passado com o Jorginho e grande jogadores. Eles (diretoria) colocaram confiança no meu trabalho e estou colocando 24h de atenção e esforço no clube. Nós temos o ataque que mais fez gols no Brasil e estamos liderando a classificação geral. Eu estou feliz por ser técnico do Figueirense – disse Branco

Outro convidado especial do programa, apresentado por Galvão Bueno, foi o também tetracampeão do mundo, Ricardo Rocha. O ex-zagueiro da Seleção Brasileira revelou que o técnico Parreira iria pedir demissão do cargo após um empate com o México, por 1 a 1, em Maceió, antes do Mundial. Segundo o ex-atleta, os jogadores se reuniram e impediram que o treinador pedisse demissão.

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– Eu e Branco pegamos um avião, voltando de um jogo em Maceió, e ficamos sabendo que o Parreira iria pedir demissão. Os cabeças na época eram Dunga, Branco, Romário e Ricardo Gomes. Nós nos reunimos na Granja Comary com o Zagallo e depois encontramos com o Parreira no refeitório. Todos os jogadores estavam lá, isso era de madrugada, umas três horas da manhã. E todos nós dissemos “você não vai sair, você é o nosso líder”. Nós pegamos ele ali e não deixamos ele sair. E ai as coisas começaram a mudar um pouco na Seleção brasileira, eu tenho orgulho por ter participado dessa Seleção – revelou Ricardo Rocha.

Confira outros trechos da participação de Branco no Bem, Amigos!

Seleção Brasileira

– Acho que o Parreira é o cara perfeito para ser diretor de seleções. E concordo que Mano precisa de uma pessoa para ajudá-lo. O Parreira se expressa no Brasil como em qualquer parte do mundo. O Parreira não quer ser mais treinador, se ele for para a CBF ele vai querer ajudar e não roubar a vaga de técnico.

– A questão da equipe eu concordo com o Ricardo Rocha. Não tem Eliminatórias e se forma um time, um grupo dentro nas eliminatórias. A Copa é diferente, o buraco é mais embaixo, fechou o olho o time paga. O que eu diria ao Mano é que defina uma equipe o quanto antes para que esse time tenha uma cara. Se você define, você dá confiança aos jogadores.

– Amistoso é amistoso, Eliminatórias é Eliminatórias, você não vai definir um time jogando com o Gabão.

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Cobrança de pênalti na final da Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos

– O Márcio Santos foi cobrar e errou, depois vai o Romário e a bola bate na trave e entra. Daí eu vou caminhando no meio de campo, e vai passando um filme na minha cabeça que se eu erro o pênalti eu fico em uma ilha do Caribe, isolado. Só que o Pagliuca (goleiro da Itália) jogava na Sampdoria, e eu no Genoa, e ele sabia que eu cobrava forte. Na hora que eu me afastei da bola eu troquei de ideia, fui olhando para ele e, quando ele foi para a esquerda, coloquei para a direita.