BR-470 chega à 100ª morte em 2018 e dezembro já é segundo mês mais violento do ano na rodovia

A BR-470 registrou nesta terça-feira, dia de Natal, a 100ª morte do ano no trecho do Vale do Itajaí, entre Navegantes e Pouso Redondo. As duas vítimas fatais mais recentes da rodovia morreram no tombamento de um caminhão no Km 123, na região conhecida como Curva da Garapeira, em Ibirama, no Alto Vale do Itajaí.

Uma das vítimas do acidente desta terça-feira foi identificada como Alef Cruz, de 24 anos, que conduzia o caminhão. Ele foi encontrado logo em seguida, embaixo do baú. Mais tarde, o corpo de uma mulher, não identificada até as 21h desta terça, também foi encontrado embaixo da carga de salmão que o veículo carregava. O caminhão tinha placas de São Paulo e plotagem de uma empresa de transportes de Concórdia, no Oeste do Estado.

Com estas vítimas, a BR-470 chegou à 100ª morte do ano no levantamento feito pelo Santa, que monitora acidentes com morte e também vítimas graves encaminhadas a hospitais em colisões no trecho do Vale do Itajaí, entre Pouso Redondo e Navegantes.

Segundo os dados do levantamento, dezembro já é o segundo mês mais violento do ano, com 11 mortes, atrás apenas de fevereiro, em que 16 pessoas perderam a vida neste trecho da rodovia. Em comparação com o ano passado, quando foram registradas 74 mortes, o número de óbitos na rodovia cresceu 35% (confira mais dados abaixo).

O especialista em Segurança no Trânsito Fábio Campos avalia que a imprudência ainda é o principal fator que contribui para que 2018 tenha sido um ano mais violento na rodovia. Ele menciona flagras de ultrapassagens e cenas que costumam ser mais frequentes neste período de fim de ano e maior movimento nas rodovias e também cita o aumento da potência dos carros como um elemento que faz com as que as pessoas cometam mais excessos nas estradas.

– Em um trecho de uma BR que está sendo planejada a duplicação, temos trechos em obras em que se deveria redobrar a atenção, e pelo que parece é o contrário, as pessoas acabam exagerando. Podemos, como cidadãos, fazer uma reflexão para que esses números sejam menores no próximo ano – diz.