A cada três dias, uma pessoa morre na rodovia BR-282, um das mais movimentadas, perigosas e mal conservadas de Santa Catarina. É o que revela um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que será apresentado a partir das 19h desta quarta-feira, na sede regional da entidade, em Chapecó.
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Você enfrenta problemas na rodovia BR-282? Conte sua experiência no mural
O levantamento da instituição apontou 569 mortes de janeiro de 2007 a julho de 2011. O volume de acidentes com danos materiais ultrapassa os 10 mil no mesmo período pesquisado pela federação.
De acordo com o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, a pesquisa sugere melhorias nos acessos, recuperação de pavimentação e construção de faixas adicionais, num total de R$ 320 milhões de investimentos.
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A análise e as propostas de obras para a redução dos acidentes serão apresentadas pelo consultor da Fiesc, o engenheiro Ricardo Saporiti. Côrte disse que as obras são urgentes, pois a situação da rodovia está se agravando com o aumento constante do fluxo. A médio e longo prazos, o ideal é duplicar a rodovia.
Côrte lembrou que a BR-282 foi projetada há 60 anos e nesse período não recebeu a atenção necessária para acompanhar o desenvolvimento dos municípios. Ela percorre o Estado desde Palhoça até a fronteira com a Argentina.
É a principal ligação Leste/Oeste e é cortada pelas rodovias catarinenses mais movimentadas. Também serve de escoamento para as produções das agroindústrias e do setor de madeira e celulose. Cerca de 1,1 mil carretas de 30 toneladas trafegam pela via diariamente.
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Más condições causam perda de competitividade
Côrte afirmou que, além da perda de vidas, as más condições da rodovia causam prejuízo para a competividade das indústria.
– Cerca de 40% do faturamento de um caminhão é gasto com manutenção – calculou.
Ele informou que o estudo será encaminhado para as lideranças políticas do Estado e do país para que a obra seja colocada entre as prioridades do governo federal.
As federações das indústrias de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul já elencaram a obra como uma das mais importantes para o desenvolvimento da região.
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