A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair mais de 2% e agora recua 0,50% em um dia de temores sobre a possibilidade da Grécia declarar o calote de sua dívida e sobre os efeitos que isso teria sobre os bancos europeus, especialmente os franceses. Por volta das 16h50min, o Ibovespa caía 0,50%, aos 55.502 pontos. Com a insegurança global, o dólar subiu acima de R$ 1,70, atingindo R$ 1,725 por volta das 16h41min no mercado à vista da BM&F Bovespa.
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Além do pessimismo sobre o setor financeiro e sobre o calote grego, o crescimento mundial também voltou à pauta nesta segunda-feira depois de a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmar nesta segunda-feira que há uma “desaceleração generalizada” nas maiores economias mundiais.
– As bolsas se preparam para um início de semana difícil na Europa – disse o analista de IG Markets, Cameron Peacock.
Na esteira dos recuos europeus, a Bolsa de Nova York também seguia em baixa, com o Dow Jones indicando queda de 0,19% por volta das 16h46min.
Na Europa, também foram registradas quedas nos principais mercados. A sessão de Paris foi a mais castigada, com perdas de 4,03%. O índice CAC-40 fechou o dia a 2.854,81 pontos, seu nível mais baixo desde abril de 2009.
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Além do temor do calote grego, uma notícia divulgada pelo Wall Street journal dizendo que a agência Moody’s estaria prestes a rebaixar a qualificação de risco de bancos franceses fez os papeis das instituições financeiras recuarem fortemente. O Société Générale caiu 10,75%, o BNP Paribas 12,35% e o Crédit Agricole fechou o dia em baixa de 10,64%.
Em Frankfurt, o índice Dax caiu 2,27%, fechando a 5.072,33 pontos, após chegar a ficar durante a sessão abaixo do patamar de 5.000 pontos. Em Londres, o índice Footsie-100 limitou suas perdas ao final da sessão e recou 1,63%, ficando a 5.129,62 pontos.
As bolsas asiáticas também recuaram na segunda-feira. Tóquio caiu 2,31% e o índice Nikkei registrou seu nível mais baixo em 29 meses, fechando a 8.535,67 pontos. Hong Kong perdeu 4,21%.